Por mais um dia, a influência da Itália e seus problemas orçamentários dominam a abertura dos negócios, onde a tensão inclui o Brexit e suas dificuldades de conclusão e a perspectiva de elevação dos juros americanos.
Repetimos e reiteramos, não há novidade nas sinalizações do Federal Reserve, a não ser que os investidores tivessem encarado a retirada do termo “acomodatício” dos comunicados como o fim do aperto, algo que não corresponde à realidade dos fatos.
A realidade é que o Fed tem sido exitoso na busca pela normalização das taxas de juros, com o aumento mais expressivo do prêmio conforme avançam os vencimentos, afastando o achatamento até recentemente observado.
Ao mesmo tempo, o volume elevado de externalidades começa a suscitar nos investidores uma aversão relativamente elevada ao prêmio de maior risco e o muito recente recorde das bolsas de valores americanas, além de fortes altas nas bolsas de economias centrais indicam uma correção.
Ainda na conta se inclui a guerra comercial promovida pelos EUA contra diversos países, levando ao posicionamento mais conservador dos investidores em nível global.
CENÁRIO POLÍTICO
Bolsonaro agrada ao mercado com os diversos nomes propostos para o governo, mas algum ruído pode surgir da reforma da previdência, a qual o candidato diz não acreditar na forma atual e que deve buscar um modelo próprio, mais “aliviado”.
Neste contexto, o rally do candidato pode perder um pouco de força, seguindo também a atenção expressiva que a mídia tem dado ao seu oponente, Fernando Haddad.
Este ‘pincela’ pontos polêmicos que devem ser retirados do programa, de modo a tentar aliviar o discurso e atrair àqueles que se encontram no centro do espectro político.
Sem explicitar sua equipe econômica, Haddad diz que a Fazenda não será comandada por alguém do mercado, mas por alguém da indústria, mostra a verve desenvolvimentista.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY operam em queda, com a questão da Itália e Brexit em voga.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com perspectivas de melhora do Yuan.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, com exceção do cobre e da platina.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, com sinais do FMI de menor crescimento mundial.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,25%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7143 / -1,75 %
Euro / Dólar : US$ 1,15 / 0,078%
Dólar / Yen : ¥ 113,22 / 0,230%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,198%
Dólar Fut. (1 m) : 3710,34 / -1,36 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,01 % aa (-2,64%)
DI - Janeiro 20: 7,61 % aa (-3,06%)
DI - Janeiro 21: 8,64 % aa (-2,81%)
DI - Janeiro 25: 10,59 % aa (-1,40%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,00% / 86.088 pontos
Dow Jones: -0,21% / 26.431 pontos
Nasdaq: 0,03% / 7.738 pontos
Nikkei: 0,16% / 23.506 pontos
Hang Seng: 0,08% / 26.193 pontos
ASX 200: 0,14% / 6.050 pontos
ABERTURA
DAX: -0,438% / 11924,78 pontos
CAC 40: -0,520% / 5290,92 pontos
FTSE: -0,010% / 7236,84 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 86193,00 pontos
S&P Fut.: -0,007% / 2888,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,118% / 7390,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,18% / 87,31 ptos
Petróleo WTI: -0,17% / $74,83
Petróleo Brent:-0,20% / $84,83
Ouro: -0,07% / $1.188,96
Minério de Ferro: 1,15% / $70,09
Soja: -0,63% / $16,12
Milho: 0,07% / $364,75
Café: 0,40% / $113,75
Açúcar: -0,23% / $12,92