Os temores de ingerência de Trump sob o Fed ontem acenderam um alerta amarelo aos investidores, principalmente pelo caráter independente da autoridade monetária.
Não se sabe se é jogo de cena ou se falta a Trump a noção que seu nível de ingerência se limita a agir em conjunto com o Banco Central na formulação de políticas econômicas.
Une-se ao episódio o anúncio de que ele está “pronto a agir” com tarifas de US$ 500 bi em importações chinesas, por “estar fazendo a coisa certa pelo bem do país”.
Este nível de ingerência e tentativa protecionismo e fechamento de fronteiras comerciais vai contra o típico liberalismo econômico que marca as gestões republicanas nos EUA, tendo em Reagan um de seus maiores expoentes, o mesmo Reagan que não conseguiu impedir Paul Volker de elevar os juros americanos para 20% aa.
O maior temor é que tais ingerências possam levar à perda da forte inércia positiva do crescimento americano e com isso, como já aconteceu em alguns distritos, levar à uma inflação de custos e fechamento de plantas, como no caso da fábrica de pregos MidContinent Steel and Wire, em Poplar Bluff no Missouri, com demissões em massa e layoffs por conta da inviabilidade de produção devido ao aumento de tarifas sobre o aço.
80% da cidade votou em Trump.
CENÁRIO POLÍTICO
O ‘efeito Alckmin’ nos minutos derradeiros do mercado ontem foi decisivo para a melhora da percepção com a questão eleitoral para os investidores.
Apesar da presença de Meirelles, Alckmin já foi declarado mais de uma pesquisa como o ‘candidato do mercado’, pelo compromisso com as reformas e pelo histórico fiscal, além da viabilidade maior em termos eleitorais.
Além da união com Progressistas, PR, PRB, Democratas e Solidariedade, o conhecido centrão, o ativo mais importante foi embarcar o grupo coeso, pois com Ciro, agora bastante diluído, a possibilidade era de fragmentação e até pedidos de neutralidade.
Resta agora os avanços sobre o PSB, o qual não deve entrar como um todo, mas até a pedido do PT e de modo a também, neutralizar Ciro, buscar a neutralidade.
PT busca agora no PCdoB seu vice. Ciro murcha.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY operam em queda, com as declarações de Trump sobre o FED e novas tarifas.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, puxados pela China e Yuan recuperado.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, com destaque para a cobre.
O petróleo abre em alta em NY e em Londres, com o aumento das discussões da guerra comercial.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 5%.
Atenção hoje aos resultados de Black&Decker, GE e Honeywell.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8315 / -0,44 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / 0,069%
Dólar / Yen : ¥ 112,39 / -0,071%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,154%
Dólar Fut. (1 m) : 3864,38 / 0,66 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,49 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,13 % aa (-0,25%)
DI - Janeiro 21: 9,17 % aa (0,11%)
DI - Janeiro 25: 11,17 % aa (-0,62%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,16% / 77.487 pontos
Dow Jones: -0,53% / 25.065 pontos
Nasdaq: -0,37% / 7.825 pontos
Nikkei: -0,29% / 22.698 pontos
Hang Seng: 0,76% / 28.224 pontos
ASX 200: 0,37% / 6.286 pontos
ABERTURA
DAX: -0,422% / 12632,78 pontos
CAC 40: -0,609% / 5384,09 pontos
FTSE: -0,336% / 7658,18 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 77759,00 pontos
S&P Fut.: -0,196% / 2799,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,136% / 7377,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,19% / 83,26 ptos
Petróleo WTI: 0,12% / $69,54
Petróleo Brent:-0,01% / $72,57
Ouro: 0,11% / $1.224,28
Minério de Ferro: 0,44% / $63,58
Soja: 0,50% / $15,96
Milho: 0,36% / $352,50
Café: -0,09% / $108,55
Açúcar: 1,00% / $11,08