Bom mundo anda meio estranho, mas nada que aqui já não seja mais. Hoje voltando da remada que fiz aqui na praia perto de casa, um maluco atravessa o sinal vermelho. Quase mata uns cinco além de fazerem alguns carros frearem bruscamente. Tudo porque o sujeito cagou para o sinal. Ai ai papai. Temos algumas guerras no Brasil. A do trânsito foi só uma. Minha namorada inglesa fica abismada com as barbaridades que vê por aqui, rs. Coitada bixinha não entendeu que isso aqui é selva!!
hehehe
Triste, na verdade.
Mas enfim, nos mercados as guerras sempre adicionam um componente de instabilidade.
Instabilidade = + risco = maior taxa de desconto = afeta pra baixo os preços de ativos
Reação na hora que acontece é imediata Petróleo, treasurie, S&P e ouro:
Mas a reação dos mercados a toda esse potencial conflito está bem de boa até agora. Então é só algo para deixar registrado.
Internamente temos vencido e com folga a guerra contra a inflação!
IBGE divulgou esse semana a inflação do mês de mar/17. O dado (0,25%) veio em linha com o que o mercado projetava (0,25%). Os destaques: (i) maior impacto estiveram concentrados no grupo de ‘habitação’ (por conta do aumento de energia elétrica) e ‘alimentação e bebidas’; (ii) menor impacto apareceram em transportes (especialmente por conta da gasolina).
Nesse sentido é interessante notar que esse é um fenômeno curioso. Inflação cedendo bem não só no Brasil, mas no BRIC! Dá uma olhada no gráfico da Capital Economics:
Enfim, é o que sempre digo: NÃO SOMOS UMA ILHA!
Juros (foco da semana)
Mas anyway o que nos interessa é que tem uma avenida maior que a 9 de julho lá em Buenos Aires (foto) para o BC baixar os juros aqui. Basta o presidente do BC Ilan GolDOVISH resolver apertar o botão da queda de juros.
Reunião do Copom é essa semana. Façam suas apostas!
Focus agora pela manhã só reforçou a ideia de que juros podem seguir o avenidão ladeira abaixo! IPCA pra esse foi reduzido pra 4,09% e pra 2018 abaixo do centro em 4,46%!! #MARRETA_ILAN
Parece meio dado a queda de 1p.p. O destaque mesmo deve ficar na sinalização (‘wording’) que teremos no comunicado.
No mais a atividade segue daquele jeito que o Focus vem projetando. Crescimento vai ser menor que 0,5% esse ano.
Mas dados da Anfavea, na semana passada mostram uma recuperação evidente.
Na política o cobra Temer segue costurando e se esguiando por aqui e ali pra conseguir apoio pra reforma da previdência. Seguimos de olho! Um no peixe e outro no gato (juros e política).
Voltando ao cenário internacional a chapa tá quente.
Além disso, vale trazer a memória que a pouco tempo atrás falávamos da dificuldade do Trump aprovar seus planos e reformas. Lembram? Achei legal essa pesquisa que a Merril fez sobre quado o mercado espera que seja aprovada a Tax Reform dele. Qualquer semelhança com a nossa Reforma da Previdência não é mera coincidência, rs. Politics…politics…
Principal ponto aqui é que essa dificuldade de aprovar sua reforma afeta a imagem do presidente que mostra falta de habilidade política em levar adiante suas propostas, isso acontece. Problema é que Trump parece meio “brabinho” com isso e vai usar poder onde tem autonomia para tanto, ou seja, na geopolítica, fudeu!! Rs
Não obstante, a tax reform é deveras importante porque ela sustentava grande parte das estimativas de crescimento de lucro já embutidas nos preços das ações por lá. E se não vier? Sai de baixo! Dá uma olhada nesse gráfico do CS chamando atenção para o valuation esticado por lá. Na verdade até a ata do FOMC comentou isso (postei no meio da semana: O porquê o mercado realizou na quarta)
Em termos de agenda econômica:
Terça: índice Zew de expectativas econômicas na Alemanha e consequentemente no bloco; produção industrial na Europa; e dados de inflação a noite na China.
Quarta: é dia de futebol e de Brasil na tela! Vendas no varejo e o Copom ganham destaque; mas também temos dados do mercado de trabalho no UK e estoques de petróleo nos EUA.
Quinta: balança comercial na China o que sempre ajuda a fazer preço em commodities; confiança do consumidor e PPI nos EUA.
Sexta: Apesar de feriado aqui temos vendas no varejo e CPI nos EUA