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O relatório Gain Report do USDA projeta que a União Europeia (UE) importará 14,16 milhões de toneladas de soja na temporada comercial 2025/26, um pouco abaixo das 14,80 milhões de toneladasimportadas no ano anterior. Mesmo com uma ligeira elevação na produção interna, outras variáveis como demanda, uso para ração e políticas agrícolas explicam o recuo esperado.
Produção interna em leve recuperação
- A produção da soja na UE para 2025/26 está estimada em 2,990 milhões de toneladas, contra 2,920 milhões de toneladas em 2024/25.
- Já a área a ser colhida deve apresentar queda, passando de 1,105 milhão de hectares para 1,075 milhão.
- Essa redução de área pode indicar menos incentivo ao plantio em regiões menos produtivas ou desafios climáticos que desencorajam a expansão.
Consumo e importações em queda
- O consumo total de soja na UE deve recuar para 16,95 milhões de toneladas, frente aos 17,20 milhões da temporada anterior.
- A queda no consumo acompanha tanto a expectativa de menor volume importado quanto ajustes na demanda do setor agroindustrial (ração animal, indústria de óleo, etc.).
Fatores que influenciam o cenário
Políticas comerciais e tarifas
A UE mantém tarifas e regulamentações de sustentabilidade que afetam importações, o que torna fornecedores como os EUA ou América do Sul mais cautelosos ao negociar.
Concorrência global
Com a América do Sul aumentando produção — Brasil e Argentina especialmente — há pressão sobre preços internacionais e oferta global de soja. Essa competição pode favorecer exportadores terceiros frente à demanda europeia.
Uso para bioenergia e subprodutos
O uso de óleo de soja para biocombustíveis, bem como a demanda por farelo para ração animal, segue relevante, mas a pressão de custos de energia, logística e possíveis regulamentações ambientais limita margens.
Clima e produtividade
Regiões produtoras na UE vêm enfrentando variações climáticas que impactam rendimento. Mesmo com produtividade média estável ou ligeiramente crescente, eventos extremos podem fazer diferença significativa.
Impactos esperados
- Para produtores internacionais: exportadores fora da UE provavelmente enfrentarão um mercado menos aquecido no bloco, o que pode demandar redirecionamento para outros mercados ou ajuste nos preços.
- Para o mercado europeu: menos oferta importada deve pressionar preços internos de proteína animal e óleo, especialmente em países com custo de produção mais elevado ou logística complicada.
- Para o agronegócio global: demanda mais moderada da UE pode aliviar pressão sobre estoques globais, mas com impacto limitado se outras regiões mantiverem demanda firme.
O novo relatório do USDA indica que a Europa entrará em 2025/26 com uma postura mais cautelosa em relação à soja: produção própria em ligeira melhora, mas importações e consumo recuando. O momento exige atenção de exportadores brasileiros e de outros grandes fornecedores quanto à competitividade de custos e logística, além ao cumprimento de exigências regulatórias específicas da UE. A volatilidade climática e as políticas de sustentabilidade seguirão como variáveis-chave no equilíbrio do mercado.