A economia argentina vai sobrevivendo aos trancos. Um histórico de calote e de não honrar os compromissos firmados com credores, de renegociações constantes com o FMI, de uma política que não busca por soluções econômicas definitivas, mas que se alterna conforme cada governo eleito assume, e assim, não passa credibilidade aos investidores. Vejo que se comporta como um país que acredita cada vez mais em fatores atípicos, como o desenvolvimento da matriz energética de gás natural, como algo que irá resgatar a economia de forma "milagrosa", sem de fato se preocupar com as causas raízes: ausência de políticas econômicas duradouras, alta complexidade no fluxo cambial, políticas de desenvolvimento da indústria e de fortalecimento do comércio exterior.
Assim, em linha com esse último ponto, e a pedido do FMI, o governo argentino vai buscar resgatar e aumentar suas reservas por meio de políticas que valorizem a manutenção e entrada de moeda estrangeira no país. Logo, uma das propostas imediatas será a taxação da importação e fomento à exportação. Esse ponto pode ter um impacto pequeno no Brasil, devido ao aumento de competitividade dos produtos exportados pela Argentina, principalmente no universo do agronegócio, mais diretamente os atrelados à soja, ao milho e trigo, e também ao gado bovino em menor proporção. Porém, ao meu ver, esse impacto tende a ser bem pequeno pois esses ciclos (de safra, por exemplo) são de médio prazo e não ofuscam ou não conseguem competir com a eficiência do mercado e do agro brasileiro.
Vejo também que essas medidas funcionam como "formalizações" frente ao esperado pelo FMI e investidores, mais do que um ato que, na prática, possa ter grandes efeitos. O problema econômico argentino é estrutural e só será direcionado e corrigido com políticas sérias e de longo prazo, não com propostas pontuais que podem mudar de acordo com a próxima eleição, ainda em 2023, por exemplo.
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