EUA registram superávit orçamentário surpresa de US$ 27 bilhões em junho, impulsionado por tarifas
Eu sei de algo que as corretoras preferem manter em segredo. Neste mês, o Plano Real completa 31 anos, e há uma razão pela qual nenhuma instituição financeira faz festa: elas não querem que você calcule quanto perdeu para a inflação ao seguir os conselhos delas.
– A conta que elas não fazem para você:
R$ 100 de 1994 valem R$ 12 hoje. Inflação acumulada: 751%. Perda de poder de compra: 88%. E durante esses 31 anos, o que as corretoras venderam? CDBs de 100% do CDI, fundos da casa, COE e "carteiras diversificadas" que mal acompanhavam a inflação.
– Por que elas não falam de inflação real?
Simples: porque vender IPCA+ de longo prazo não dá comissão gorda. Empurrar fundo ativo com taxa de 2% ao ano dá. Sugerir ações que pagam dividendos consistentes não gera receita recorrente. Vender e revender produtos complexos, sim.
– A estratégia que elas escondem:
Enquanto você comprava o que elas sugeriam, quem realmente se protegeu da inflação fez o óbvio: investiu pensando em 31 anos, não em 31 dias. IPCA+ médio e longo prazo, ações de setores perenes, FIIs de qualidade. Nada sexy, nada que gere comissão alta. Mas que funciona.
– O que fazer agora:
Pare de investir do jeito que a corretora manda. Calcule sua inflação pessoal. Monte uma estratégia que funcione para os próximos 31 anos, não para o próximo relatório de vendas deles.
– Minha sugestão prática:
Na fatia de renda fixa, 30% em IPCA+ de médio e longo prazo é fundamental. Na fatia de renda variável, priorize ações de setores defensivos (ITUB4 (BVMF:ITUB4), BBSE3 (BVMF:BBSE3), CPLE6 (BVMF:CPLE6)), FIIs e FI-Infra consolidados e ETFs diversificados.
A inflação não para. As comissões das corretoras também não. Mas sua dependência delas pode parar hoje.