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Na coluna de hoje, vou falar de risco e volatilidade no investimento em ações. Como analisar o risco e retorno de uma carteira de ações? Qual o horizonte de tempo? Como saber na prática o risco envolvido ao se comprar uma ação na Bolsa de Valores?
O ponto de partida de qualquer análise sobre a rentabilidade de um portfólio de ações é o retorno médio da carteira em determinado período. Em termos práticos: eu investi R$ 1.000 numa ação e esperei 12 meses, qual foi o meu rendimento e qual é o meu patrimônio ao final do período?
Muito importante observar que é preciso considerar também o retorno obtido em dividendos, juros sobre capital próprio (JCP) e subscrições. Aqui estou falando do retorno total ao acionista: aumento/queda no preço das ações + retorno em dividendos/JCP.
Analisar apenas o retorno da carteira de maneira isolada é uma análise incompleta, pois não considera a volatilidade do retorno.
Mas o que é volatilidade? É uma medida de dispersão de retorno, que analisa o grau de risco.
Estatística, distribuição normal, média e desvio padrão dos retornos são ferramentas para entender a volatilidade e medir o grau de risco. Para quem não é muito fã de estatística, segue um artigo sobre este tema.
Desempenho da carteira Dividendos da Levante
A carteira Dividendos da Levante apresentou queda de 7,7% no período de 28 de fevereiro (data de início da carteira) até 31 de agosto, comparado à queda de 10,2% no Ibovespa no mesmo período. Assim, a carteira Dividendos obteve rendimento 2,5 pontos percentuais mais alto do que o seu índice de referência, que é o Ibovespa. Neste caso, o alfa da carteira foi de 2,5% no período.
O beta da carteira Dividendos (que mede a correlação dos retornos com o Ibovespa) foi de 64,3% no período.
Eu também já falei sobre o alfa e o beta de uma carteira neste artigo aqui.
Como medir o risco de uma carteira de ações?
A volatilidade de uma carteira em determinado período é medida pelo desvio padrão dos retornos diários desta carteira de ações.
A volatilidade é uma medida de dispersão dos retornos de um ativo financeiro. Quanto mais o preço de uma ação varia em um período, maior o risco de se ganhar ou perder dinheiro negociando esta ação. Quanto mais volatilidade, maior será o nível de risco.
Irei utilizar um exemplo prático com informações reais da volatilidade da carteira Dividendos da Levante no período de 28/fev até 31/ago.
A volatilidade da carteira Dividendos foi de 1,06% ao dia, 4,9% ao mês e de 16,9% anualizado no período de 28/fev até 31/ago. A volatilidade do Ibovespa anualizada no período foi de 22,8%.
Como eu faço a leitura desta medida de risco na prática?
Na média, o desempenho da carteira Dividendos apresentou queda de 7,7% no período, com desvio padrão de 16,9% ao ano. O Ibovespa apresentou queda de 10,2% no período, com desvio padrão de 22,8% ao ano. Portanto, o risco da carteira Dividendos foi menor do que o do Ibovespa no período.
Outra maneira de analisar a volatilidade da carteira é determinar a dispersão dos retornos, determinada pelos pontos mínimo e máximo em relação ao retorno médio da carteira.
Dessa forma, no ponto mínimo o retorno da carteira Dividendos apresentou queda de 24,6% e no ponto máximo o retorno teve aumento de 9,2%. A dispersão para o Ibovespa é maior do que para a carteira Dividendos, pois os pontos mínimo e máximo do Ibovespa são mais extremos.
Investir em ações requer maior apetite ao risco e mais prazo para o investimento
Renda variável (ações) é a classe de ativo com maior risco do mundo dos investimentos, mas também com o maior retorno. Portanto, maior risco no investimento em ações quer dizer maior volatilidade dos retornos.
Eu analisei o retorno da carteira Dividendos num período de apenas cinco meses, prazo muito curto para o investimento em ações. Acredito que o horizonte de tempo para o investimento em ações precisa ser de pelo menos três anos.
Risco e retorno do Ibovespa nos últimos 3 anos
O Ibovespa obteve rendimento de 59,25% nos últimos três anos, ou seja, rendimento médio composto de 16,8% ao ano.
A volatilidade diária foi de 1,45% e o desvio padrão anual foi de 22,95%. Dessa forma, no ponto mínimo, o retorno do Ibovespa foi uma queda de 6,2% ao ano e, no ponto máximo, foi de 39,7% ao ano.
Alocação de pelo menos 20% do patrimônio em ações
Minha recomendação para o investidor comum é: chegou a hora de sair da segurança e da baixa rentabilidade da renda fixa, especialmente do CDI e aumentar a exposição à renda variável. Como o horizonte do investimento em ações é mais longo, acredito que o retorno do investimento em ações compensará o risco.
Para finalizar, ressalto que o apetite ao risco é algo muito pessoal, depende muito do momento de vida e objetivo de rentabilidade de cada investidor, mas acredito que o momento atual do mercado justifica pelo menos uma parcela de 20% do patrimônio investido alocado em ações.
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