Investing.com – As proteínas continuarão sendo o gerador de alfa e foco no ano de 2025, de acordo com o Bank of America (NYSE:BAC) (BofA), que tratou do tema em relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta quarta-feira, 11 de dezembro. No entanto, o banco elenca duas preferências no setor de alimentação e bebidas: as fabricantes de bebidas Ambev (BVMF:ABEV3) e Coca-Cola Femsa (NYSE:KOF).
“Somos construtivos em relação aos volumes e essas empresas têm algoritmos de crescimento saudáveis. Na Ambev, achamos que a alocação de capital é um tema chave (dividendos, recompras)”, disse o banco no documento.
Os analistas Isabella Simonato, Fernando Olvera e Julia Zaniolo citaram fraco desempenho do setor como um todo em 2024, mas consideraram as proteínas como lado positivo. “Os setores de Agronegócio e Alimentos & Bebidas da América Latina tiveram um retorno negativo de 10% em dólar em 2024 (até 10 de dezembro), mas superaram o desempenho do Ibovespa e do LatAm MSCI em 14 pontos percentuais – 10 pontos percentuais, respetivamente”, detalharam.
Entre as ações que superaram o desempenho, estão Marfrig (BVMF:MRFG3), JBS (BVMF:JBSS3) e BRF (BVMF:BRFS3), com destaque para margens de frango e fluxo de caixa melhores do que o esperado. Por outro lado, tiveram performances negativas Cosan (BVMF:CSAN3), Raizen (BVMF:RAIZ4), M.Dias (BVMF:MDIA3), Bimbo, Cuervo Minerva (BVMF:BEEF3) e SQM.
Para 2025, os analistas vão monitorar as margens de frango, preços das commodities e a dinâmica comercial com o governo de Donald Trump. Segundo o BofA, a gestão trumpista poderia beneficiar o Brasil, mas seria um risco para o México. Enquanto isso, o banco ainda deve acompanhar alocação de capital na BRF e Ambev.
“Assumimos que as margens de frango começarão a declinar no segundo semestre de 2025, dado o desempenho histórico, o aumento marginal na oferta de frango no Brasil e nos EUA e o risco de alta nos custos de ração. No entanto, é incerto o quão rápido a oferta de frango poderia aumentar, dadas as restrições da indústria, que, combinadas com a forte demanda, poderiam manter as margens mais altas por mais tempo”, conclui o BofA.