(Reuters) - O Brasil deverá exportar mais farelo de soja do que o previsto em 2024, além de consumir também mais óleo de soja internamente do que o esperado, de acordo com novos números da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), divulgados nesta quarta-feira.
A Abiove não alterou suas estimativas mensais para a safra, exportações e processamento de soja do Brasil em 2024.
A previsão de exportação de farelo de soja do Brasil aumentou em 100 mil toneladas, para 21,8 milhões de toneladas, mas ainda está abaixo do recorde visto em 2023 (22,47 milhões de toneladas), quando o Brasil colheu um volume histórico da oleaginosa.
"As razões para o aumento da exportação de farelo são a reavaliação da demanda externa, especialmente na Ásia", disse a Abiove.
A associação que representa tradings e indústrias ainda elevou a previsão de consumo de óleo de soja do Brasil em 200 mil toneladas, para 9,9 milhões de toneladas, ficando acima das 8,7 milhões de toneladas no ano passado, com uma maior demanda para a produção de biodiesel.
Já que não mudou previsão de produção, a Abiove reduziu a projeção dos estoques finais de óleo de soja no mesmo volume da elevação do consumo, para 312 mil toneladas.
A Abiove manteve a estimativa de safra do Brasil em 153,2 milhões de toneladas. A colheita encerrada ao final do primeiro semestre ficou distante do recorde de 160,3 milhões de toneladas do ano passado, após problemas climáticos.
A previsão de exportação no ano foi mantida em 97,8 milhões de toneladas, versus 101,87 milhões no ano passado, e o processamento em 54,5 milhões de toneladas, alta de mais de 300 mil toneladas na comparação com a temporada passada.
(Por Roberto Samora)