Vendas no varejo do Brasil frustram expectativas e recuam pelo 3º mês seguido em junho
Investing.com - Os preços do cobre operaram em baixas de duas semanas nesta quinta-feira, após o primeiro aumento das taxas do Banco Central dos EUA (Fed) em quase uma década ter forçado a alta do dólar, diminuindo a demanda por matérias-primas.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o cobre com vencimento em março caiu 2,5 centavos, ou 1,22%, e foi negociado a US$ 2,046 por libra durante as negociações da manhã em Londres. No início do dia, os preços caíram para US$ 2,037, o nível mais baixo desde 3 de dezembro. Enquanto isso, o contrato de três meses de cobre na London Metal Exchange caiu 1,1%, para US$ 4.556,00 por tonelada.
Em uma decisão unânime, o Fed aumentou a meta para a sua principal taxa de curto prazo a uma faixa de 0,25% a 0,50%, de uma faixa de 0% a 0,25%, como amplamente esperado, na sequência da conclusão de sua reunião de política na quarta-feira.
Em uma coletiva de imprensa após o anúncio, a presidente do Fed, Janet Yellen, disse na quarta-feira que o FOMC não será mecânico em sua abordagem para normalizar a política monetária e que os aumentos futuros da taxa seriam graduais e dependeriam dos dados.
Nas projeções mais recentes, o FOMC prevê que a Fed Funds Rate chegará a 1,375% até o final de 2016, o que implica quatro aumentos de 0,25 no próximo ano, um pouco mais agressivo do que o esperado. A maioria dos analistas de mercado espera que o Fed aumente as taxas novamente no primeiro trimestre do próximo ano.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, ficou em 98,70, após ter atingido altas de 99,00 durante a madrugada, o nível mais alto desde 3 de dezembro.
Um dólar mais forte reduz a demanda por matérias-primas como um investimento alternativo e torna as commodities negociadas em dólar mais caras para os detentores de outras moedas.
O cobre está a caminho de marcar uma queda anual de 25% em 2015, uma vez que as preocupações relacionadas com uma desaceleração da economia global liderada pela China assustaram os traders e confundiram o sentimento. A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 45% do consumo mundial.
Em outra parte das negociações de metais, os futuros de ouro apresentaram uma forte queda na Europa nesta quinta-feira, uma vez que o dólar norte-americano operou em alta após o Banco Central dos EUA (Fed) ter aumentado a taxa de juros pela primeira vez em quase uma década.
O metal amarelo está no caminho para marcar uma queda anual de 10% em 2015, a terceira perda anual consecutiva, uma vez que a especulação relacionada com o momento para uma alta das taxas pelo Fed dominou o sentimento do mercado na maior parte do ano.
Historicamente, o aumentou das taxas de juros têm sido uma má notícia para o ouro, que não pode competir com as maiores taxas oferecidas por outros ativos.
Os EUA devem divulgar um relatório semanal sobre os pedidos iniciais de seguro-desemprego às 08h30min., horário do leste desta quinta-feira, e dados sobre o índice industrial do Fed da Filadélfia referentes ao mês de dezembro, uma vez que os traders aguardam novas indicações sobre a força da economia.