Brasília, 14 - O valor desembolsado do Plano Safra 2023/24 de julho de 2023 até o fim de janeiro passado alcançou R$ 270,9 bilhões, alta de 16% na comparação com igual período do ciclo anterior, segundo balanço da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. O montante corresponde a 62% do total disponível para a safra, de R$ 435,8 bilhões. Os financiamentos para custeio somaram R$ 152 bilhões, enquanto o valor concedido nas linhas de investimento foi de R$ 62 bilhões no período. As operações de comercialização atingiram R$ 33 bilhões e as de industrialização totalizaram R$ 24 bilhões.
Segundo dados do Ministério da Agricultura, no período foram realizados 1,370 milhão de contratos, sendo 1,019 milhão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e 135.378 do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). Juntos, pequenos e médios produtores acessaram R$ 76,1 bilhões por meio do Pronaf e do Pronamp de julho a janeiro. Outros 215.492 contratos foram realizados por grandes produtores, o que correspondeu a R$ 194,8 bilhões em financiamentos.
Na agricultura empresarial, foram liberados R$ 232 bilhões em operações de crédito rural de julho a janeiro, aumento de 18% em relação a igual período do ano-safra anterior. O montante corresponde a 64% do total programado pelo governo, de R$ 364,2 bilhões.
Entre os financiamentos de investimentos, o Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (ModerAgro) somou R$ 1,6 bilhão em contratações, 19% mais que em igual período do ciclo 2022/23. No Pronamp, os financiamentos avançaram 97% na mesma base comparativa, para R$ 3,7 bilhões ao fim de janeiro.
De acordo com o Ministério, a participação dos recursos livres equalizáveis atingiu R$ 12,7 bilhões no período, aumento de 332% na mesma base comparativa. Já as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) responderam por 49% do total das aplicações da agricultura empresarial nos sete meses da safra atual, a R$ 112,5 bilhões, volume 118% superior que um ano antes, quando a fonte representava 26% do total.