EUA e China prorrogam trégua tarifária por 90 dias e evitam aumento das tarifas

Publicado 12.08.2025, 07:18
Atualizado 12.08.2025, 07:20
© Reuters. Shopping center em Pequimn11/08/2025. REUTERS/Tingshu Wang

Por Trevor Hunnicutt e Andrea Shalal e Joe Cash

WASHINGTON/PEQUIM (Reuters) - Os Estados Unidos e a China prorrogaram a trégua tarifária por mais 90 dias, evitando a imposição de tarifas de três dígitos sobre os produtos um do outro, enquanto os varejistas norte-americanos se preparam para aumentar os estoques antes da temporada de festas de fim de ano.

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou em sua plataforma Truth Social na segunda-feira que havia assinado um decreto suspendendo a imposição de tarifas mais altas até 10 de novembro, com todos os outros elementos da trégua permanecendo em vigor.

O Ministério do Comércio da China emitiu nesta terça-feira uma pausa paralela nas tarifas extras, adiando também por 90 dias a inclusão de empresas norte-americanas que haviam sido alvo de restrições comerciais e de investimentos em abril.

"Os Estados Unidos continuam a manter discussões com a RPC para tratar da falta de reciprocidade comercial em nosso relacionamento econômico e das preocupações resultantes com a segurança nacional e econômica", apontou o decreto de Trump, usando a sigla para a República Popular da China.

A trégua tarifária entre Pequim e Washington estava prevista para expirar nesta terça-feira. A prorrogação até o início de novembro dá um tempo crucial para o aumento sazonal de importações para a temporada de Natal, incluindo eletrônicos, vestuário e brinquedos com tarifas mais baixas.

O novo decreto impede que as tarifas dos EUA sobre os produtos chineses cheguem a 145%, enquanto as tarifas chinesas sobre os produtos norte-americanos estavam previstas para atingir 125% - taxas que teriam resultado em um embargo comercial virtual entre os dois países.

O acordo mantém em vigor - pelo menos por enquanto - uma tarifa de 30% sobre as importações chinesas, com as taxas chinesas sobre as importações dos EUA em 10%.

Trump disse à CNBC na semana passada que os EUA e a China estavam chegando muito perto de um acordo comercial e que ele se encontraria com Xi antes do final do ano se um acordo fosse fechado.

Os dois lados anunciaram uma trégua em sua disputa comercial em maio, após conversações em Genebra, na Suíça, concordando com um período de 90 dias para permitir novas conversações. Eles se reuniram novamente em Estocolmo, na Suécia, no final de julho, e os negociadores dos EUA voltaram a Washington com uma recomendação para que Trump prorrogasse o prazo.

(Reportagem de Trevor Hunniccutt, Andrea Shalal e Joe Cash; reportagem adicional de David Lawder e Alessandro Diviggiano)

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