Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - A exportação de soja do Brasil até a quarta semana de junho atingiu média diária de 717 mil toneladas, em ritmo mais lento do que o registrado até a terceira semana deste mês, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta segunda-feira.
Até a terceira semana, a média de embarques da oleaginosa havia sido de 795,3 mil toneladas, segundo a Secex, enquanto no mesmo mês do ano passado somou 475,7 mil toneladas ao dia.
Com os embarques registrados até a quarta semana, o Brasil já exportou 11,47 milhões de toneladas, mais do que o volume de 9,99 milhões de toneladas dos embarques de junho completo de 2022.
Caso a média diária se mantenha na última semana do mês, o Brasil poderia exportar cerca de 15 milhões de toneladas da oleaginosa, um patamar mensal registrado poucas vezes na história.
Ainda assim, ficaria abaixo das 15,6 milhões de toneladas de soja registradas em maio pela Secex, volume que marcou a segunda maior exportação da oleaginosa do Brasil em um mês.
A exportação do Brasil tem sido favorecida na temporada deste ano pela colheita de uma safra recorde, que tornou o produto nacional mais competitivo.
Já exportação de açúcar do Brasil até a quarta semana de junho teve média diária de 121,4 mil toneladas, acima das 116,8 mil toneladas no acumulado até a terceira semana e ante 111,3 mil toneladas ao dia no mesmo mês completo de 2022.
Os embarques de açúcar também tendem a acelerar com usinas destinando o máximo de cana que podem para a produção do adoçante, em um mercado internacional demandante.
(Por Roberto Samora, com reportagem adicional de Beatriz Garcia)