Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - Os Fundos de Investimentos nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) são extremamente importantes para os agricultores encontrarem crédito de forma rápida e barata, tornando-se menos dependente do Plano Safra, ao mesmo tempo em que aproxima o investidor Pessoa Física de um setor importante da economia nacional, defende Sergio Battistella, sócio e Head of alternative investments da Santa Fé Investimentos.
A fala foi feita durante o evento Eleven Sessions na tarde de hoje (16). Sergio Basttistella explica que o agronegócio é um setor de investimentos pouco explorado pela pessoa física, uma vez que o alto ticket dificulta essa viabilidade. Assim, o agricultor costuma ter uma maior dependência do financiamento público para movimentar o seu caixa, algo que começou a se tornar complicado com a piora da situação fiscal do país nos últimos anos.
ENTREVISTA: Investir em terras pode ser hedge contra inflação, CEO da Terra Santa
O surgimento do Fiagro, assim como a aproximação entre empresas e a bolsa de valores, faz com que o leque de opções de capitalização se amplie para o agronegócio, completa José Humberto Teodoro, CEO da Terra Santa (SA:LAND3). Para ele, não compensa para o agricultor manter o caixa parado durante a produção da safra, por isso o acesso ao crédito é importante para manter a rentabilidade.
Além disso, Teodoro explica que o agro é um investimento defensivo, especialmente o segmento de terras que possui bons retornos e baixo risco, o que torna o setor atrativo para a pessoa física.
James Gulbrandsen, responsável pelos investimentos da NCH América Latina, avalia que o Fiagro também é uma grande oportunidade para os investidores internacionais. Ele diz que existe uma grande demanda por crédito no setor do agronegócio e que agora existe uma maneira de estrangeiros investirem de forma direta e fácil nessa indústria brasileira.