NVDA disparou 197% desde a entrada na estratégia de IA em Novembro - é hora de vender? 🤔Saiba mais

Governo quer "contrapartida social" em renovação de distribuidoras de energia

Publicado 03.05.2023, 09:54
Atualizado 03.05.2023, 16:41
© Reuters. Linhas de transmissão de energia em Brasília (DF) 
29/08/2018
REUTERS/Ueslei Marcelino
ENEI
-
CPFE3
-
ENBR3
-

Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério de Minas e Energia quer que a renovação das concessões das distribuidoras de energia esteja atrelada a "contrapartidas sociais" por parte das empresas, em uma proposta que está sendo amadurecida junto ao setor e deve ser lançada oficialmente nas próximas semanas, disse o ministro Alexandre Silveira nesta quarta-feira.

Esta é a primeira indicação clara das novas condições que o governo pretende colocar para a renovação dos contratos de quase 20 distribuidoras a partir de 2025.

Segundo Silveira, a ideia está sendo construída em diálogo aberto com as concessionárias. Essas contrapartidas sociais envolveriam principalmente ações de eficiência energética, como troca de equipamentos de linha branca e instalação de usinas solares fotovoltaicas para consumidores mais pobres, explicou.

"Precisamos iniciar a consulta pública (sobre renovação) com uma discussão já mais madura sobre contrapartidas sociais por parte das distribuidoras e maior eficiência nos serviços à sociedade", afirmou o ministro a jornalistas após participar de audiência na Câmara dos Deputados.

O governo deve ter condições de iniciar a consulta pública sobre o tema em "duas a três semanas", acrescentou.

Cerca de 20 distribuidoras têm concessões expirando a partir de 2025 e devem buscar renovação de seus contratos, em um processo que envolverá grandes grupos do setor elétrico, como EDP (BVMF:ENBR3) Brasil, Enel (BIT:ENEI), CPFL (BVMF:CPFE3), que atendem quase 60% dos consumidores brasileiros.

Quem abre a fila das próximas renovações é a EDP Espírito Santo, com contrato que expira em 2025. A concessionária já manifestou ao governo seu interesse no processo --pela lei, esse trâmite deve ser iniciado pelo menos 36 meses antes do fim do contrato.

O setor elétrico vem monitorando o tema desde o ano passado, quando surgiram rumores de que o processo poderia ser oneroso, envolvendo pagamentos de outorga --diferentemente do que ocorreu em 2015, quando outras concessionárias de distribuição passaram pela troca de seus contratos.

Para Alexei Vivan, diretor presidente da Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica (ABCE), a proposta de estabelecer contrapartidas sociais para as distribuidoras deveria ter como base os programas que já são conduzidos hoje pelas empresas.

© Reuters. Linhas de transmissão de energia em Brasília (DF) 
29/08/2018
REUTERS/Ueslei Marcelino

"Temos realidades de concessões muito díspares, há concessões em regiões com populações menos favorecidas, então as contrapartidas não têm como ser as mesmas... Me parece que a medida mais adequada seria verificar as boas práticas já adotadas, dosar isso adequadamente para a realidade de cada concessão e de repente tornar isso regra."

Vivan observou que as distribuidoras já têm seus próprios programas de eficiência energética porque, além do apelo social, eles trazem benefícios indiretos ao negócio, como redução da inadimplência e menores compras de energia.

 

(Por Letícia Fucuchima)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.