Por Nayara Figueiredo
SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de milho do Brasil atingiram 158,89 mil toneladas por dia até a segunda semana de julho, um avanço em torno de 75% em relação à média diária de 90,5 mil toneladas embarcadas pelo país em julho do ano passado, mostraram dados do governo federal nesta segunda-feira.
O crescimento ocorre em plena colheita da segunda safra do cereal, com perspectivas de recorde para a produção. Em 2021, as lavouras foram afetadas por seca e geadas, e a disponibilidade de grãos para embarque foi reduzida.
Mais cedo, a consultoria AgRural disse que a colheita de milho atingiu 40,5% da área cultivada no centro-sul do país, maior região produtora da cultura, favorecida pelo clima quente e seco na última semana.
Na ponta importadora, as aquisições de fertilizantes químicos pelo Brasil somam 200,47 mil toneladas ao dia até a segunda semana de julho, versus média diária de 175,29 mil no mesmo mês completo de 2021, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Compradores aceleraram o fechamento de negócios no mercado de adubos, para garantir a oferta que será utilizada no plantio da safra 2022/23, que começa em setembro. Inicialmente, houve incerteza sobre as entregas do produto devido à guerra na Ucrânia, visto que a Rússia e seu aliado Belarus são dois dos maiores fornecedores do insumo ao Brasil.
Os agricultores do Brasil importam cerca de 85% dos fertilizantes consumidos.
(Reportagem de Nayara Figueiredo)