VIENA (Reuters) - A Arábia Saudita prometeu nesta quinta-feira não inundar o mercado de petróleo com barris extras, mesmo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) tendo falhado em obter um acordo sobre a política de produção, enquanto o Irã insiste em seu direito de elevar sua oferta.
Tensões entre o reino liderado por sunitas e a república islâmica xiita têm sido os destaques nos últimos encontros da Opep, incluindo um realizado em dezembro de 2015, no qual o grupo não conseguiu estabelecer um teto formal de produção pela primeira vez em anos.
Mas as tensões foram menos agudas devido à demonstração do novo ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, de que quer ser mais conciliador, com a Opep tendo decidido unanimemente apontar o nigeriano Mohammed Barkindo como novo secretário-geral do grupo.
Diversas fontes da Opep disseram que a Arábia Saudita e seus aliados no Golfo tentaram propor um novo teto coletivo em uma tentativa de recuperar a importância da organização e acabar com uma disputa por mercado que derrubou os preços e reduziu investimentos.
Mas as fontes disseram que a Opep falhou em obter um acordo sobre a política de produção e em estabelecer um novo teto.
A Arábia Saudita se movimentou para aliviar temores do mercado de que, no caso de não haver acordo, o reino poderia elevar ainda mais a produção para punir rivais e ganhar mercado.
"Nós seremos muito gentis em nossa abordagem e deixaremos claro que não queremos chocar o mercado de qualquer maneira", disse Falih a jornalistas.
(Por Reem Shamseddine, Rania El Gamal e Alex Lawler)