Investing.com - Os futuros de ouro atingiram o nível mais alto em quase três semanas nas negociações europeias desa quarta-feira, uma vez que as expectativas para um aumento das taxas no meio do ano diminuíram ainda mais, influenciando o dólar norte-americano.
Os participantes do mercados estão apostando em uma possibilidade de apenas 4% para um aumento da taxa neste mês e 27% em julho, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group (NASDAQ:CME). As probabilidades para setembro estavam em quase 44%.
A presidente do Banco Central dos EUA (Fed), Janet Yellen, disse no início da semana que o banco central pretende aumentar as taxas de juros, mas não fez nenhuma indicação sobre o momento dos aumentos da taxa.
Os investidores praticamente descartaram um aumento das taxas na reunião do Fed que ocorrerá nos dias 14 e 15 de junho do após dados de emprego dos EUA na semana passada terem mostrado que a economia gerou uma menor quantidade de empregos desde setembro de 2010 no mês passado.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas mundiais, caiu para 93,67 no início do pregão, o nível mais baixo desde 11 de maio. O índice estava em 93,79, uma queda de 0,1% para o dia.
Geralmente, a fraqueza do dólar beneficia o ouro já que ela aumenta o apelo do metal como um bem alternativo e deixa as commodities em dólar mais baratas para os detentores de outras moedas.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em agosto junho atingiu uma alta diária de US$ 1.253,50 por onça-troy, o nível mais alto desde 20 de maio. Seu preço ficou em US$ 1.252,85 às 06h53min. GMT, ou 02h53min. ET, uma alta de US$ 5,95, ou 0,48%.
Os preços do metal precioso subiram quase 3% até agora em junho, após terem recuado mais de 6% no mês anterior, uma vez que os participantes do mercado reagiram à mudança de pontos de vista sobre o cronograma do próximo aumento das taxas nos EUA.
O ouro é sensível a movimentos nas taxas de juros norte-americanas. Um aumento gradual das taxas é visto como uma ameaça menor para os preços do ouro do que uma série rápida de aumentos.
Também na Comex, os futuros de prata, com vencimento em julho, subiram 18,1 centavos, ou 1,1%, para US$ 16,57 por onça-troy durante as negociações da manhã em Londres, ao passo que os futuros de cobre avançaram 0,7 centavos, ou 0,34%, para US$ 2,058 por libra.
Os dados do comércio mensais divulgados no início do dia mostram que as exportações e as importações caíram mais que o esperado em maio, somando-se às preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo.
As exportações caíram 4,1% em comparação com o ano anterior, pior do que as projeções para uma queda de 3,6%, ao passo que as importações recuaram 0,4% em comparação com as expectativas para uma queda de 6,0%. Isso deixou a China com um superávit comercial de US$ 50,0 bilhões no mês passado, de acordo com a Administração Geral das Alfândegas.
Apesar do fraco nível das exportações, o banco central chinês disse nesta quarta-feira que ainda espera que a economia cresça 6,8% neste ano.
A China é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 45% do consumo mundial.