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O ouro fechou em alta nesta sexta-feira, 6, em meio ao enfraquecimento do dólar no exterior e mesmo com os retornos dos Treasuries ainda exibindo força. Com isso, o metal interrompeu uma sequência de nove sessões de queda - a mais longa em mais de sete anos, segundo o Commerzbank. No entanto, registrou queda no acumulado da semana, à medida que os temores de um Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mais hawkish impulsionavam os juros dos títulos públicos dos EUA e a moeda americana, tornando o metal menos atrativo relativamente.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,73%, a US$ 1.845,2 por onça-troy.
"As perspectivas para a economia dos EUA e, portanto, para os rendimentos dos Treasuries continuam a ser o principal determinante dos preços do ouro", comentou o Commerzbank em relatório.
Assim, a cotação do metal chegou a cair nesta sexta, quando o payroll informou criação de emprego bem acima do esperado e os retornos dos Treasuries e o dólar dispararam.
O impulso fornecido pelo dado foi arrefecendo ao longo do dia, e o índice DXY, que mede a força do dólar contra pares rivais, operava no vermelho no início da tarde - favorecendo que o ouro encontrasse espaço no território positivo.
Mas, em relação à sexta-feira passada, o preço do metal precioso recuou 1,11%. "Sempre quando os rendimentos dos Treasuries marcam uma alta histórica, os preços do ouro são derrubados", afirmou o analista da Oanda Edward Moya, em relatório. Os rendimentos dos títulos americanos escalaram nos últimos dias em função da perspectiva de juros do Fed mais altos por mais tempo.