Investing.com - Os preços do ouro recuperaram algumas perdas nesta quinta-feira, após caírem por 10 meses, com o dólar estabilizando-se, mas o metal precioso continuou pressionado em meio às expectativas de uma elevação nas taxas de juros dos Estados Unidos.
O ouro estava sendo negociado a US$ 1.169,65 a onça troy, às 8h19, no horário de Brasília, após atingir a mínima de US$ 1.163,50 ainda nesta sessão, o menor nível desde 5 de fevereiro.
O índice dólar americano, que mede a força da moeda frente a uma carteira ponderada das seis principais moedas do mundo, marcou 101,33, afastando-se da máxima de 101,88 de quarta-feira e mantendo-se abaixo da máxima de 14 anos de 102,12, atingida na última quinta-feira.
O ouro é precificado em dólar e torna-se menos vantajoso a potenciais compradores em outras moedas quando o dólar sobe.
A moeda americana ganhou força na última quarta-feira, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo consolidar um acordo sobre o corte de produção da commodity, com o objetivo de reduzir o excesso de oferta global e sustentar os preços.
A possibilidade de elevação dos preços do petróleo aumentou as expectativas sobre a inflação nos Estados Unidos, que já foi impulsionada pela probabilidade de aumento dos gastos fiscais sob a administração de Trump.
A demanda pelo dólar também foi impulsionada após os dados econômicos favoráveis dos EUA elevarem a confiança de que o Federal Reserve aumentará as taxas de juros em dezembro.
Os investidores aguardam dados sobre o setor industrial dos EUA, que serão divulgados ainda hoje, e a publicação do relatório de empregos não agrícolas de novembro, marcada para esta sexta-feira.
De acordo com o Monitor das taxas de juros do Fed da Investing.com, 97,8% dos investidores esperam que o Fed eleva as taxas na sua reunião de política em dezembro.
Taxas de juros mais altas normalmente dão força ao dólar, já que o tornam mais atraente para investidores que buscam rendimentos seguros.
O ouro é sensível aos movimentos da taxa de juros dos EUA, o que aumenta o custo de oportunidade de se manter ativos sem rendimentos em carteira, como os metais preciosos, ao mesmo tempo em que impulsiona o dólar que o precifica.
Quanto aos demais metais preciosos, os contratos futuros da prata com vencimento em dezembro marcavam US$ 16,37 a onça troy, enquanto que os contratos futuros do cobre foram negociados a US$ 2,626 a libra.
O paládio estava sendo negociado a US$ 773,20, nível inédito desde junho de 2015.