Ouro supera US$4.100 pela 1ª vez com tensão comercial e otimismo sobre corte de juros

Publicado 13.10.2025, 14:44
Atualizado 13.10.2025, 14:49
© Reuters.

Por Sherin Elizabeth Varghese e Noel John

(Reuters) - O ouro ultrapassou a marca de US$4.100 a onça pela primeira vez nesta segunda-feira, atingindo outro recorde devido às novas tensões comerciais entre EUA e China e às expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve, enquanto a prata também teve uma alta histórica.

O ouro à vista subia 2,4%, para US$4.114,31 a onça, às 13h17 (horário de Brasília), após atingir o recorde de US$4.116,77. Já o contrato futuro de ouro nos EUA para entrega em dezembro subia 3,3%, para US$4.133,90.

O ouro acumula alta de 56% neste ano, tendo atingido a marca de US$4.000 pela primeira vez na semana passada, impulsionado por fatores como incertezas geopolíticas e econômicas, expectativas de cortes nas taxas de juros nos EUA e compras robustas por parte de bancos centrais.

"O ouro pode facilmente continuar sua trajetória ascendente. Podemos ver preços acima de US$5.000 até o fim de 2026", disse Phillip Streible, estrategista-chefe de mercado da Blue Line Futures.

Compras constantes de bancos centrais, entradas firmes de ETFs no mercado, tensões comerciais entre EUA e China e a perspectiva de taxas de juros mais baixas nos EUA estão fornecendo suporte estrutural para o mercado, acrescentou Streible.

No campo geopolítico, o presidente dos EUA, Donald Trump, reacendeu as tensões comerciais com a China na última sexta-feira, encerrando uma trégua entre as duas maiores economias do mundo.

Enquanto isso, os investidores estão precificando uma probabilidade de 97% de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros do Federal Reserve em outubro, além de uma chance de 100% em dezembro. O ouro, um ativo sem rendimentos, tende a se sair bem em ambientes de juros baixos. [FEDWATCH/]

Analistas do Bank of America e do Société Générale agora esperam que o ouro atinja US$5.000 em 2026, enquanto o Standard Chartered aumentou sua previsão para uma média de US$4.488 no ano que vem.

"Essa alta tem força, na nossa visão, mas uma correção de curto prazo seria mais saudável para uma tendência de alta de longo prazo", disse Suki Cooper, chefe global de pesquisa de commodities do Standard Chartered Bank.

A prata à vista subia 3,1%, para US$51,82, tendo atingido uma alta recorde de US$52,07 no início da sessão, impulsionada pelos mesmos fatores que dão suporte ao ouro.

(Reportagem de Noel John, Pablo Sinha e Sherin Elizabeth Varghese em Bengaluru; reportagem adicional de Kavya Balaraman)

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