Investing.com - Os futuros do petróleo fecharam abaixo dos US$ 50, um recuo de quase 5% após a Opep e grandes exportadores cumprirem o roteiro previsto e estenderem por nove meses o acordo de redução na produção, decepcionando os que apostaram em ações mais fortes.
Em Nova York, o contrato para entrega em junho perdeu 4,7% para fechar a US$ 48,90 o barril, enquanto o Brent, em Londres, caiu 4,1% e encerrou a sessão a US$ 51,35 o barril.
Membros da Opep e grandes produtores chegaram a um acordo para cortar a oferta por mais nove meses, até março de 2018, depois do pacto original, em vigor entre janeiro e junho, não conseguir reduzir o estoque global e a sobreoferta.
A extensão de nove meses estava amplamente prevista pelo mercado, mas alguns investidores acreditavam que a Opep poderia surpreender e aprovar um pacto mais agressivo para eliminar parte da oferta excedente vinda de países fora do cartel, como os EUA.
O pacto, contudo, segue idêntico ao firmado em novembro, com redução de 1,8 milhão de barris/dia na oferta global.
O ministro de energia da Arábia Saudita e presidente da Opep, Khalid al-Falih disse que os níveis atuais são suficientes para atingir a média de estoques de cinco anos até o final de 2017.
Al-Falih também garantiu que a Opep não será vencida na tentativa de equilibrar oferta e demanda pela crescente produção no shale dos EUA.
Nigéria e a Líbia seguem fora do acordo por estarem produzindo abaixo da sua capacidade por questões políticas locais. O Irã mantém seu direito de elevar a produção até cerca de 3,8 milhões de barris/dia após o fim das sanções ocidentais ao seu programa nuclear.