Investing.com – Os preços do petróleo avançaram durante a manhã do pregão norte-americano nesta terça, revertendo a queda da madrugada, com os players do mercado aguardando os dados semanais dos estoques americanos da matéria bruta e refinada.
O grupo industrial Instituto Americano de Petróleo deve divulgar seu relatório semanal às 19h30 desta terça-feira. Dados oficiais da Administração de Informações Energéticas serão divulgados nesta quarta-feira, em meio a previsões de um aumento de 3.1 milhões de barris no estoque de petróleo.
O petróelo bruto para entrega em março na Bolsa de Valores de Nova Iorque ganhou US$ 0,65, ou cerca de 1,2%, operando a US$ 53,27 o barril às 12h10, no horário de Brasília, após atingir a mínima da sessão de US$ 52,24 mais cedo.
Os preços recuaram US$ 0,54, ou cerca de 1%, na segunda-feira, em meio a receios de que o aumento de produção pelos EUA possa prejudicar as medidas tomadas por outros grandes produtores para reequilibrar o mercado.
No Reino Unido, o barril de Brent para entrega em abril, negociado na ICE Futures Exchange, de Londres, avançou US$ 0,77, ou cerca de 1,4%, operando a US$ 56,09 o barril. Os contratos futuros recuaram US$ 0,38, ou cerca de 0,7%, ontem.
Os preços do petróleo devem encerrar janeiro registrando perdas de 2%, com a confiança dividida entre as expectativas de aumento de produção de shale oil nos EUA e esperanças de que o excesso de oferta seja remediado pelos cortes efetuados pelos grandes produtores.
A atividade de extração nos EUA cresceu em mais de 6% desde o meio de 2016, voltando aos níveis vistos no fim de 2014, quando a grande produção de petróleo nos EUA contribuiu para o colapso dos preços da commodity.
Esta recuperação da atividade de extração levantou preocupações relacionadas ao aumento da produção de shale oil nos EUA e como este aumento pode prejudicar as medidas de outros grandes produtores para reequilibrar a oferta e demanda global.
Países membros e não membros da Opep começaram com uma forte redução na produção de petróleo, sob um acordo de corte do qual não se via há mais de uma década com os produtores tentando reduzir o excesso de oferta e os preços de suporte.
O dia 1º de janeiro marca oficialmente o início do acordo de corte de produção firmado em novembro por países membros e não membros da Opep, buscando reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia, totalizando 32,5 milhões de barris, para os próximos seis meses.
O acordo, se executado conforme o plano, deve reduzir a oferta global em cerca de 2%.
Na Nymex, os contratos futuros da gasolina com vencimento em março registraram alta de US$ 0,035, ou 2,3%, cotados a US$ 1,568 o galão, enquanto que o óleo de aquecimento com vencimento no mesmo mês avançou US$ 0,017, ou 1,7%, sendo negociado a US$ 1,651 o galão.
Pelo lado ruim, o gás natural futuro com vencimento em março recuou US$ 0,095, ou 2,9%, cotado a US$ 3,139 por milhão de BTU.