O petróleo fechou em alta nesta quarta-feira, 9, e o WTI concluiu o pregão no seu maior nível em quase nove meses, com a perspectiva de uma oferta apertada se sobressaindo a dados mistos de estoque nos Estados Unidos e deflação na China. Para analistas, as dinâmicas do mercado da commodity têm pendido para um lado mais otimistas (bullish) em relação aos preços recentemente.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em alta de 1,78% (US$ 1,48), a US$ 84,40 o barril. Esse é o fechamento mais alto do contrato mais líquido do WTI desde 16 de novembro. O petróleo Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 1,60% (US$ 1,38), a US$ 87,55 o barril.
"Os preços do petróleo bruto também continuaram subindo à medida que a tensão crescente entre a Rússia e a Ucrânia gera preocupação de que a Ucrânia possa ter como alvo a infraestrutura russa e interromper o fornecimento no Mar Negro", comentou o CMC Markets em relatório.
Os investidores digeriram os números do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA, que fizeram os contratos acelerarem alta. Os dados mostraram queda maior que o esperado dos estoques de gasolina e de destilados, mas aumento nos estoques de petróleo.
"Obviamente, a maior produção doméstica de petróleo bruto está compensando os cortes de produção da Rússia e da Arábia Saudita", comentou o presidente da Navellier, Louis Navellier, repercutindo dados do DoE.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China também foi observado pelo mercado. A maior importadora de commodities do mundo registrou deflação em julho, um dia depois de a balança comercial chinesa indicar queda nas exportações e importações.
De todo modo, o efeito parece ter sido limitado, de acordo com o economista Craig Erlam, da Oanda. "Embora esses dados pareçam desencadear alguma realização de lucro no petróleo bruto, isso nunca mudaria o jogo, já que a dinâmica do mercado de petróleo se tornou muito mais otimista recentemente", afirmou.