BBAS3: Por que as ações do Banco do Brasil subiram hoje?
Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa hoje, diante das incertezas em torno do acordo de corte de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). A expectativa era de uma definição sobre a possível extensão nos cortes fosse anunciada hoje, mas a reunião foi adiada para quinta-feira, 3. Supostos aumentos de oferta na Líbia também teriam pesado nos preços, deixando em segundo plano a expectativa de retomada da economia global com os avanços nas vacinas contra a covid-19.
O petróleo WTI para janeiro fechou em baixa de 1,74% (US$ 0,79), a US$ 44,55 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para fevereiro encerrou as negociações com recuo de 0,96% (US$ 0,46) na Intercontinental Exchange (ICE), cotado a US$ 47,42 o barril.
O ING avalia que os cortes na produção da Opep+ são "qualquer coisa, menos certos" no momento, destacando os rumores de que o ministro saudita de Energia teria ameaçado deixar o cargo de presidente do comitê de monitoramento da Opep+. Os países não chegaram ao esperado acordo ontem, e a esperança agora é de que haja um acerto até quinta-feira.
A avaliação do banco ainda é a de que uma extensão no corte por três meses, amplamente noticiada, já está precificada pelo mercado, mas as dificuldades nas negociações aumentam o risco de membros do cartel discordarem da decisão. Um cenário de desacordo leva ao temor de que países não cumpram com as cotas prometidas.
O ING também aponta para o aumento da produção em dois países com fator para a baixa no preço da commodity. Na Líbia, a oferta já estaria próxima a do período anterior ao bloqueio sofrido pela nação. O outro são os Emirados Árabes Unidos, que registrou recentemente aumentou mensal no número de barris produzidos diariamente.
Por sua vez, no ano que vem a Fitch aponta para uma alta nos preços do petróleo, mesmo sendo improvável que a demanda se recupere totalmente em 2021. Em relatório enviado a clientes, a agência avalia que uma transição energética mais rápida do que o esperado pode causar turbulência no setor, mas isso é algo que não deve ocorrer de forma "substancial" no médio prazo.