Por Peter Nurse
Investing.com -- Os preços do petróleo avançaram na sexta-feira, mas ainda seguem rumo à sua primeira semana de perdas em três com as preocupações de que a demanda global será impactada pelo crescimento econômico limitado.
Às 12h21 (horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo WTI, negociado em Nova York e referência de preços para os EUA, eram negociados com alta de 3,95%, a US$ 110,08 por barril, enquanto o contrato do Brent, cotado em Londres e referência mundial de preço, subia 3,33%, para US$ 111,03 por barril. As duas referências de preço seguem para registrar recuos na semana, com o Brent apresentando queda em torno de 3% e o WTI com pouco menos de 2%.
Os futuros da gasolina RBOB dos EUA apresentavam avanço de 2,5%, a US$ 3,8864 por galão.
Os preços do petróleo apresentam alta de mais de 40% este ano, em função das preocupações com o abastecimento resultantes da invasão da Rússia na Ucrânia combinadas com as economias recuperando-se da pandemia. No entanto, a confiança tem sido impactada recentemente pelos receios relacionados a um crescimento global mais fraco, à inflação e às restrições contra a Covid da China.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo reduziu sua previsão para a demanda mundial de petróleo este ano em seu relatório mensal de maio, divulgado na quinta-feira.
O grupo dos principais produtores mundiais espera agora que a demanda global cresça em média apenas 3,4 milhões de barris por dia este ano, abaixo da estimativa prévia de 3,7 milhões de barris/dia.
A Agência Internacional de Energia foi mais pessimista, prevendo em seu relatório mensal, também divulgado na quinta-feira, que a demanda cresceria cerca de 1,8 milhão de barris por dia este ano, consideravelmente inferior aos 3,3 milhões de b/d de crescimento esperado no início do ano.
"Sem nenhuma surpresa, as expectativas de uma demanda menor foram motivadas pelos lockdowns contra a Covid na China, pela alta dos preços e por um crescimento econômico mais modesto", afirmaram os analistas do ING em relatório.
No início da sexta-feira, as autoridades de Pequim foram forçadas a negar especulações de que a capital chinesa entrará em lockdown se os casos de Covid aumentarem, enquanto as restrições em Xangai, centro financeiro do país, se arrastam.
Em outras notícias, os Ministros das Relações Exteriores do grupo G7, o grupo das nações mais industrializadas do mundo, concordaram na sexta-feira em fornecer mais ajuda e armas a Kiev, aumentando a pressão sobre a Rússia para abandonar a sua vacilante invasão da Ucrânia.
No entanto, existem dúvidas quanto à possibilidade de a União Europeia concordar em proibir a importação de petróleo e gás russo no contexto de um pacote mais amplo de sanções, com a Hungria opondo-se ao plano, que exige aprovação unânime.
O número de plataformas de petróleo dos EUA segundo a contagem da Baker Hughes, bem como os dados de posições da CFTC, têm a divulgação programada para mais tarde no pregão a sessão, fechando a semana como de costume.