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SÃO PAULO (Reuters) - O preço médio do frete por quilômetro rodado no país voltou a registrar alta em maio, apesar de uma queda no valor do diesel, interrompendo uma sequência de dois meses de redução no custo do transporte de cargas, de acordo com o Índice de Frete Rodoviário da Edenred Frete (IFR), publicado nesta quinta-feira.
O valor médio nacional passou para R$7,43, registrando alta de 1,23% em relação a abril, segundo dados da plataforma Edenred Repom. Isso se deu por questões relacionadas à demanda e à tabela do piso mínimo.
Embora o preço do diesel tenha registrado retração de mais de 2,5% em maio, segundo o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), em meio a cortes nas cotações da Petrobras (BVMF:PETR4) aos distribuidores, essa redução ainda não teve reflexo nos valores praticados para o frete rodoviário.
"Mesmo com o diesel mais barato, o valor do frete demonstrou leve alta. Isso se deve ao fato de que durante o mês de maio alguns segmentos tiveram aumento na demanda, mas principalmente pelo fato de que a taxa Selic subiu 0,5%, indo para 14,75%, logo no começo do mês", afirmou o diretor da Edenred Frete, Vinicios Fernandes, em nota.
Ele explicou que, com o aumento dos prazos de pagamentos no setor de transportes, cada vez mais a taxa de juros tem se tornado uma variável importante na formação do preço do frete.
A companhia que publica o índice também apontou que a nova tabela com piso mínimo reajustado para baixo pela Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) só foi publicada no fim do mês, no dia 29.
Com isso, os efeitos desse ajuste devem começar a aparecer nas próximas semanas, explicou Edenred em nota.
O cenário econômico também pode influenciar o comportamento do frete nos próximos meses, acrescentou o executivo.
O IFR é um índice do preço médio do frete e sua composição é levantada com base nos dados das 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Edenred Repom.
(Por Roberto Samora)