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Investing.com-Os preços do petróleo recuaram nesta terça-feira, continuando a queda da sessão anterior depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, concedeu à Rússia mais tempo para encerrar a guerra na Ucrânia antes de tomar medidas.
Às 12:45 (horário de Brasília), os futuros do petróleo Brent com vencimento em setembro caíram 0,1% para US$ 69,10 por barril, enquanto os futuros do West Texas Intermediate (WTI) recuaram 0,2% para US$ 66,88 por barril.
Após um rali inicial, os preços do petróleo fecharam quase 2% mais baixos na segunda-feira, já que Trump se absteve de ações mais severas e imediatas contra a Rússia, apesar de ter prometido uma "declaração importante" sobre o país.
Trump dá espaço para sanções à Rússia
Trump estabeleceu na segunda-feira um prazo de 50 dias para a Rússia garantir um acordo de paz na Ucrânia, ameaçando com "sanções secundárias" qualquer país que continue importando petróleo russo caso Moscou não cumpra.
A reação inicial fez os preços do petróleo subirem, mas depois eles recuaram à medida que os traders avaliaram quando e como esses mecanismos de sanção seriam realmente aplicados.
"A falta de qualquer ação imediata e a crença de que essas ameaças não serão cumpridas ajudam a explicar a reação do mercado", disseram analistas do ING em nota.
"No entanto, se Trump cumprir suas ameaças e a tarifa for implementada efetivamente, isso mudaria drasticamente as perspectivas para o mercado de petróleo. A Rússia exporta mais de 7 milhões de barris por dia de petróleo bruto e produtos refinados", afirmaram.
China, Índia e Turquia são os maiores compradores de petróleo bruto russo.
"A capacidade de produção excedente da OPEC não seria capaz de preencher toda a escassez. Isso apresentaria uma significativa alta nos preços do petróleo. Dado o desejo de Trump por preços baixos do petróleo, não acreditamos que ele esteja disposto a cumprir essa ameaça", acrescentaram os analistas do ING.
PIB da China supera previsões
Ajudando a fornecer suporte, dados divulgados na segunda-feira mostraram que a economia da China expandiu 5,2% na comparação anual no segundo trimestre de 2025, ligeiramente acima das expectativas do mercado de 5,1%, apoiada por exportações resilientes e estímulos governamentais.
Dados separados tanto para a produção industrial quanto para as vendas no varejo de junho também foram divulgados na terça-feira.
A produção industrial saltou bem acima das previsões, enquanto as vendas no varejo ficaram abaixo do esperado.
"Dados comerciais da China para junho mostraram uma recuperação nas importações de petróleo bruto", disse o ING. "Os fluxos de petróleo bruto aumentaram pouco mais de 7% em relação ao ano anterior, para 12,2 milhões de barris por dia, o que também representou um aumento de mais de 10% em relação ao mês anterior. Isso deixa as importações acumuladas até agora este ano 1,4% mais altas em relação ao ano anterior. As importações mais fortes em junho provavelmente foram resultado de mais refinarias retornando à operação após a manutenção de primavera."
Tarifas em destaque
Os investidores também estão avaliando a situação do comércio global depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse na semana passada que imporia uma tarifa de 30% sobre a maioria das importações da União Europeia e do México a partir de 1º de agosto.
Em resposta, reportagens da mídia na segunda-feira mostraram que a UE finalizou uma nova lista de possíveis tarifas visando US$ 84 bilhões em produtos americanos, aumentando a ameaça de um confronto comercial com Washington.
No início da semana, Trump anunciou novas tarifas sobre vários países, incluindo Japão, Coreia do Sul, Canadá e Brasil, além de uma tarifa de 50% sobre o cobre, todas com efeito a partir de 1º de agosto.
As tarifas aumentam o risco de crescimento econômico mais lento, o que poderia reduzir a demanda global por combustível e pressionar os preços do petróleo para baixo.
Ayushman Ojha contribuiu para este artigo
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