BUENOS AIRES (Reuters) - Caminhoneiros que protestavam contra a escassez de diesel informaram nesta quinta-feira que suspenderam a paralisação que afetava a chegada de grãos aos portos da Argentina, um dos maiores exportadores agrícolas do mundo.
O protesto, que poderia ser realizado por alguns pequenos grupos, preocupou o setor agroexportador da Argentina, onde a colheita de soja e milho, suas principais culturas, está chegando ao fim.
"Apesar de não concordar (com a recente negociação de tarifas) e levando em conta a crise que nosso país atravessa, resolvemos suspender a greve a partir das 17h do dia 30 de junho", disse o grupo de transportadoras Autoconvocados através de uma declaração.
O Ministério dos Transportes havia divulgado na quarta-feira um acordo com entidades agropecuárias e associações de transportadores que não aderiram ao protesto dos sindicatos TUDA, UNTRA, Autoconvocados e SUTAP, um aumento no frete de grãos de 25%, que acumula uma alta semestral de 46%.
A maioria das transportadoras em protesto considerou o aumento insuficiente, mas também liberaram as estradas que permaneceram bloqueadas até quarta-feira.
"Está se normalizando. As rotas estavam liberadas e a entrada de caminhões estava bastante normalizada" nos portos da região de Rosário, onde são embarcados 80% das exportações agrícolas da Argentina, disse à Reuters Guillermo Wade, gerente da Câmara de Atividades Portuárias e Marítimas.
(Reportagem de Nicolás Misculin, com reportagem adicional de Maximilian Heath)