SÃO PAULO (Reuters) - A comercialização antecipada da safra nova de soja do Brasil (2024/25) atingiu 22,5% da produção projetada, ante 17,9% no mesmo período do ano passado, com produtores aproveitando os melhores momentos da bolsa de Chicago e do câmbio para negociar, segundo avaliação da consultoria Safras & Mercado divulgada nesta sexta-feira.
Mas as vendas estão em ritmo mais fraco do que o normal pela média histórica de cinco anos, de 26,4%.
Na comparação mensal, a alta nas vendas foi de 4,3 pontos percentuais, "um resultado até razoável", na avaliação do analista de Safras & Mercado Luiz Fernando Roque, considerando o ambiente de preços em agosto, com mínimas de quatro anos na bolsa de Chicago, diante de expectativa de safra recorde nos Estados Unidos.
"Tirando a última semana de agosto, quando os preços melhoraram, foi um ambiente de preços mais baixos... o produtor aproveitou principalmente movimentos positivos do dólar e agora na última semana o momento mais positivo de Chicago, que voltou a subir", disse Roque.
Mas ele considera que a comercialização da safra que será colhida no começo do ano que vem deveria estar mais avançada, "diante do risco de preços mais baixos lá na frente", caso se confirme uma produção grande na América do Sul.
A comercialização da safra velha de soja (2023/24) atingiu 82,2% da produção projetada, ante 79,8% no mesmo período do ano passado, segundo a consultoria.
(Por Roberto Samora)