O Bitcoin apresentava sinais de recuperação até o CEO da Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34) fazer novas publicações no Twitter. O resultado são as duras quedas vistas nesta segunda-feira (17).
O “efeito Elon Musk” acabou se mostrando forte na esfera das criptomoedas, fazendo com o que o BTC quase tocasse os US$ 40 mil.
Em meio a este cenário, o Cointelegraph listou cinco fatores que podem impactar o mercado esta semana.
Especulações de venda
Uma “guerra” está sendo travada entre Musk e os defensores do Bitcoin. A primeira grande movimentação ocorreu na semana passada.
Na ocasião, a Tesla anunciou que não comercializaria mais seus carros com BTC, alegando alto impacto ambiental. Desde então, o Bitcoin tem mergulhado em novos níveis de teste.
O mercado entrou em pânico por conta das informações errôneas divulgadas. E, para piorar, Musk voltou a publicar sobre o Bitcoin esta semana.
O executivo disse que a “Tesla não vendeu nenhum Bitcoin”, gerando temores de uma possível venda futura.
No momento de escrita desta matéria, o BTC é negociado a US$ 42.359,6, registrando uma retração de 10,16% nas últimas 24 horas.
Dominância do Bitcoin volta a cair
Com as consecutivas retrações, o Bitcoin vem perdendo sua dominância. Segundo o portal CoinGecko, o BTC detém “apenas” 38,8% do valor de mercado de criptomoedas.
Estima-se que as falas de Musk também tenham impactado na dominância do BTC. Embora o Bitcoin tenha corrigido, juntamente com outras grandes criptomoedas em valor de mercado, altcoins que usam o sistema de prova de participação (PoS) valorizaram.
Com a queda da dominância do BTC, o Ethereum ganhou mais espaço. Agora, a ETH representa 18,6% do valor de mercado das criptomoedas.
Fundamentos fortes
Embora o Bitcoin tenha sido corrigido para aproximadamente US$ 42 mil, a mineração manteve-se sólida.
A taxa hash rate alcançou a marca de 180,7 EH/s pela primeira vez. No entanto, a dificuldade de minerar blocos do ecossistema deve aumentar em mais de 10% no próximo reajuste, previsto para ocorrer em 11 dias.
“A dificuldade de mineração do Bitcoin romper uma máxima histórica logo após o anúncio da Tesla é a cereja do bolo”, disse Alex Thorn, chefe de pesquisa firmwide da Galaxy Digital.
Desempenho melhor que 2017
Apesar das recentes correções, o Bitcoin ainda apresenta uma performance melhor que a corrida de 2017.
Atualmente, a criptomoeda está 124% acima da máxima de US$ 20 mil registrada há 4 anos.
Ou seja, apesar do duro impacto no curto prazo, o “efeito Elon Musk” não foi capaz de afundar o BTC.
Inflação
Em paralelo às movimentações da criptoesfera, investidores estão atentos à inflação dos Estados Unidos.
Série Especial – Inflação nos EUA: a Batalha entre Fed e Mercado
Após a aprovação do pacote de estímulo econômico do governo Joe Biden, especialistas e executivos indicaram uma possível desvalorização da moeda local.
De fato, o dólar estadunidense apresentou uma pequena queda, mas já está se recuperando. Além disso, o mercado de ações reaqueceu na China.
“A recuperação econômica global está bem encaminhada. Isso é o que alimenta os temores da inflação”, disse Olivier d’Assier, chefe do Qontigo de pesquisa aplicada da APAC à Bloomberg.