Enquanto as bolsas mundiais sofriam fortes perdas nesta segunda-feira (16), dois ativos se destacaram positivamente: o dólar norte-americano (USD) e o Bitcoin. O primeiro quebrou mais uma marca histórica, enquanto o segundo ensaiou uma pequena recuperação em seu preço.
Após ter ficado boa parte do dia abaixo do patamar dos US$ 5.000, o preço do Bitcoin se recuperou e apresentou uma alta de 4,94% no momento de produção deste texto, sendo cotado a US$ 5.272,60. Trata-se de uma recuperação ainda tímida comparada ao tombo histórico de 50% registrado na semana passada.
Se o principal criptoativo do mercado vem de uma recuperação após queda histórica, o dólar experimentou mais uma alta histórica. A moeda encerrou o dia com uma valorização de 4,86%, cotada a R$ 5,04. Foi a primeira vez na história que a moeda norte-americana fechou um pregão acima dos R$ 5,00 – ele chegou a atingir esse valor no dia 12 de março, mas fechou o pregão abaixo dele.
Moedas sobem, bolsas despencam
Se o dólar e o Bitcoin se recuperaram bem, o mesmo não pode ser dito das bolsas de valores. O índice Ibovespa fechou em mais uma forte baixa: 13,92%, aos 71.168,05 pontos. Logo na abertura do pregão, o índice já tinha caído mais de 12%, obrigado a B3 a acionar novamente o circuit breaker por 30 minutos. Foi o quarto circuit breaker acionado em menos de 7 dias.
Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones recuou 12,93%, aos 20.188,52 pontos, e também teve circuit breaker na bolsa de Nova York. Já o S&P 500 desabou 11,98% e chegou a 2.386,13 pontos.
A reação das bolsas ocorreu a despeito da reação do Banco Central norte-americano (Fed), que cortou a taxa básica de juros para 0% e iniciou mais um programa de estímulo econômico, conforme relatou o CriptoFácil. A medida parece não ter sido bem vista pelo mercado, que interpretou como um desespero por parte do Fed e que uma recessão pode estar a caminho nos EUA.