Nova York, 18 dez (EFE).- O bitcoin começou a operar nesta segunda-feira no mercado futuro da Bolsa Mercantil de Chicago (CME), a mais importante de derivados financeiros do mundo, chamando menos atenção do que na recente estreia em outra plataforma menor.
Os contratos futuros de bitcoins estavam disponíveis na CME desde a noite de ontem, aproveitando a abertura dos mercados asiáticos.
A estreia no CME segue ao início das cotações da criptomoeda no mercado futuro da CBOE, também em Chicago, na última segunda-feira. Há uma semana, o lançamento dos contratos fez o bitcoin ultrapassar a barreira dos US$ 20 mil, euforia que está mais contida hoje.
Uma hora depois do início das operações no CME, os contratos do bitcoin para janeiro tinham registrado queda de 6%, para US$ 26.650 cada. Agora, o recuo já é de 8%, para US$ 18.990.
O CME está oferecendo contratos futuros com prazo de um, dois, três e seis meses. No entanto, na primeira sessão, os de vencimento em janeiro superavam amplamente os prazos posteriores.
Perto da metade da sessão, o CME tinha negociado 873 contratos de bitcoins, com valor médio de US$ 18.825. Isso representa uma movimentação de US$ 83 milhões, valor baixo para o mercado dos EUA.
O montante é muito menor do que o registrado na estreia da criptomoeda no CBOE, apesar de ser uma plataforma muito menor que a concorrente em Chicago.
"Há mais gente envolvida no lançamento da CME do que houve no da CBOE", disse o chefe de operações da Cumberland, Bobby Cho.
Mas, se na semana passada, a entrada do bitcoin no CBOE chamou mais atenção dos investidores, a estreia na CME, mais importante, gerava muito menos interesse por parte dos operadores.
Entre outras razões, o mercado está focado nos avanços de Wall Street hoje, onde o Dow Jones Industrial, principal indicador da bolsa, já ganhou 200 pontos. Além disso, os analistas tinham antecipado que a entrada do bitcoin no mercado futuro dos EUA diminuiria a volatilidade da criptomoeda, estabilizando os preços.
De acordo com o Coinbase, a moeda virtual valia menos de US$ 1 mil no mesmo período do ano passado. A valorização nos últimos 12 meses foi de cerca de 2.280%.
O fato de o bitcoin ser uma criptomoeda sem o controle de um banco central, sem regulação de nenhum tipo e usada por pessoas que querem lavar dinheiro faz o mercado crer que essa bolha especulativa irá estourar cedo ou tarde.