Com a implementação do hard fork London na rede Ethereum, entrou em vigor a EIP-1559. E, como resultado, mais de R$ 215 milhões em ETH já foram queimados apenas 3 dias após o London.
EIP é a sigla em inglês para Proposta de Melhoria do Ethereum. Por meio dessa nova proposta, as taxas do Ethereum foram positivamente alteradas.
Uma das mudanças consiste em queimar o valor pago em taxas do ETH, em vez de enviá-lo a mineradores de criptomoedas. Essa nova taxa ganhou o nome de “taxa base”, ou base fee.
Taxas queimadas
Segundo o agregador ultrasound.money, cerca de 13.539,89 ETH já foram queimadas no momento da escrita desta matéria. Considerando a cotação do Ethereum a R$ 16.019,37, são mais de R$ 215 milhões em taxas queimados.
Ou seja, são 13.539,89 que deixaram de existir. Por esta razão os entusiastas de Ethereum ficaram animados com a implementação do London, já que dá à ETH um caráter deflacionário.
É também por isso que o London é tão importante para o Ethereum 2.0. Trata-se de um esforço para ‘enxugar’ o suprimento de ETH disponível.
NFTs queimando altas taxas
Dentre os oito protocolos que mais queimaram ETH desde a implementação do hard fork, três envolvem os tokens não fungíveis. O primeiro é o OpenSea, marketplace para negociações de NFTs, atualmente o protocolo que mais queimou ETH.
Possivelmente, o pico na queima de ETH pela OpenSea tem a ver com o alto volume negociado da coleção de CryptoPunks. Apenas nos últimos 7 dias, foram negociados quase R$ 4 bilhões.
O segundo protocolo é o Axie Infinity, famoso jogo baseado também em NFTs. O jogo foi responsável por movimentar mais de R$ 5 bilhões no acumulado semanal.
Por fim, está o COVIDPunks, coleção de tokens não fungíveis inspirada no CryptoPunks. Ao todo, os três protocolos mencionados queimaram 2.985,51 ETH, cerca de R$ 48 milhões.
É válido ressaltar que Axie Infinity e OpenSea estão até mesmo na frente do USDT na queima de ETH.