CriptoFácil - A exchange de criptomoedas FTX, que está em processo de recuperação judicial desde novembro do ano passado, pode retomar as suas atividades no segundo trimestre deste ano, ou seja, entre abril e junho. Mas esse processo vai sair caro para a empresa fundada por Sam Bankman-Fried.
De acordo com uma reportagem da Bloomberg publicada nesta quarta-feira (12), os advogados da empresa estão cobrando alto pelo trabalho.
As declarações de honorários mensais do escritório de advocacia Sullivan & Cromwell LLP mostram que, entre outras coisas, a defesa tem trabalhado em questões fiscais em torno de uma possível retomada da FTX, bem como as implicações de segurança cibernética e testes de experiência do usuário.
E a conta está alta. Só no mês de fevereiro os advogados cobraram US$ 13,5 milhões para as tarefas que incluem, por exemplo, a recuperação de bilhões de ativos e a cooperação com a aplicação da lei. Além disso, os advogados estão explorando “opções de longo prazo” para a exchange.
De acordo com o que disse John J. Ray III, o novo CEO da FTX, ao Wall Street Journal, a ideia de retomar as atividades visa recuperar o valor para credores e clientes.
A FTX entrou com pedido de proteção contra falência no fim do ano passado após uma corrida por saques revelar os sérios problemas de liquidez, gestão e falta de transparência da empresa.
O colapso da exchange deixou prejuízos de mais de US$ 11,6 bilhões, ou seja, cerca de R$ 57,2 bilhões. Além disso, desestabilizou todo o mercado de ativos digitais e colocou em dúvida a atuação das exchanges centralizadas.
Não está claro como se dará esse suposto reinício da exchange. Também não se sabe se esse esforço visa apenas processar saques ou se é um esforço mais amplo para relançar o negócio.