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Com uma economia cada vez mais fragilizada, o sentimento de pessimismo no Brasil está crescendo entre os jovens. De acordo com uma recente pesquisa da Hashdex e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), jovens brasileiros desacreditados com a economia do país estão investindo mais em criptoativos.
A pesquisa concluiu que quase metade dos entrevistados apresenta um sentimento de pessimismo diante do cenário econômico do Brasil para os próximos dois anos. Esse sentimento é maior entre os mais jovens, enquanto que entre os mais velhos existe a predominância do sentimento de otimismo.
“A propensão a investir uma renda adicional em criptomoedas é maior entre aqueles com mais conhecimento sobre criptomoedas e entre os que estão pessimistas com relação à economia brasileira.”
Esse dado serviu ainda para correlacionar o perfil de investidores em criptoativos com o sentimento que prevalece entre os entrevistados. Segundo o estudo, investimentos em criptoativos são maiores entre os jovens, que se consideram pessimistas em relação à economia brasileira.
Em contrapartida, os usuários entre 50 e 59 se declararam mais otimistas em relação à economia do Brasil e por isso estão mais propensos a investirem no mercado financeiro através de ações.
“Os otimistas em relação à economia brasileira são o maior grupo entre os que pretendem investir em ações, seguidos pelo neutros. Já os pessimistas predominam entre os investidores de títulos privados, câmbio e criptoativos.”
Falta conhecimento sobre criptoativos
O conhecimento em criptoativos pode ser um desafio para os investidores que ainda não fazem parte do mercado cripto. Na pesquisa da Hashdex, apenas 16% dos entrevistados acertaram as siglas que correspondem às moedas digitais bitcoin, ether e XRP.
Enquanto isso, 36,8% dos entrevistados reconheceram a sigla do Bitcoin apresentada na pesquisa, na qual 23,3% dos usuários não reconheceram nenhuma sigla relacionada aos criptoativos.
“Apenas 16% dos respondentes identificaram corretamente as siglas que correspondem a criptomoedas. Mais que o dobro dessa fração assinalou apenas bitcoin (BTC), negligenciando Ether (ETH) e Ripple (XRP).”
No total, a pesquisa entrevistou 576 usuários entre fevereiro e março de 2021, que responderam sobre conhecimentos em finanças e o mercado crypto. Com idade a partir de 20 anos, o estudo da Hashdex concluiu que quanto mais jovem maior é o conhecimento sobre o mercado cripto.
“Os grupos com 29 anos de idade ou menos demonstraram conhecimento em criptoativos substancialmente superior ao dos mais velhos. Via de regra, quanto mais jovem a faixa, maior o conhecimento sobre criptomoedas.”