O Bitcoin foi o grande destaque entre os investimentos mais rentáveis de 2020. A criptomoeda fechou o ano com uma valorização expressiva de 415,32% em reais.
Segundo dados do Valor Econômico, o Bitcoin superou de longe qualquer outra aplicação. O que chegou mais perto foi o ouro, com alta de 55,93% no período.
Em seguida vieram as moedas fortes. O dólar e o euro foram os grandes destaques, com valorizações de 29,36% e 41,95%, respectivamente.
Já as ações tiveram performances bastante moderadas. O índice Ibovespa recuperou as perdas do ano, mas fechou 2020 com míseros 2,92% de alta – mais de 100 vezes menos que o Bitcoin.
O mesmo não aconteceu com os imóveis. O desempenho do IFIX, índice de fundos imobiliários da B3 (SA:B3SA3), fechou o ano com baixa de 10,92%.
Por fim, o pior desempenho do ano foi do IMOB. Este é um índice composto por ações de incorporadoras imobiliárias, como Even (SA:EVEN3) e Gafisa (SA:GFSA3), entre outras. Ele teve uma baixa expressiva de 24,27% no período.
O ano das criptomoedas
O mercado não apresentou retornos apenas com o Bitcoin. Várias criptomoedas tiveram desempenhos percentuais superiores a três dígitos em 2020.
Entre as cinco criptomoedas que tiveram os maiores retornos, todas tiveram ganhos acima de 200% no ano.
Muitos investidores classificam o mercado de criptomoedas como bolha. No entanto, o ano do Bitcoin foi marcado pela inclusão de grandes investidores institucionais.
Esses investidores começaram a entender o papel do Bitcoin como ativo de proteção. Com isso, eles realizaram compras, seja de forma direta, seja via fundos de investimentos.
Por isso, as captações de Bitcoin foram recordes no ano. As instituições atingiram a marca de 1 milhão de Bitcoins captados, sendo 600 mil apenas do fundo da Grayscale Investments.
E o movimento pode se expandir para outras criptomoedas. A Ether (ETH) atingiu cotações que não se via desde 2018. E muitos fundos já apostam que ela será a criptomoeda do ano em 2021.