Acompanhando dólar, taxas futuras recuam na sessão desta quinta

Publicado 07.08.2025, 15:20
Atualizado 07.08.2025, 18:40
Acompanhando dólar, taxas futuras recuam na sessão desta quinta

Em dia sem vetor claro de influência na curva a termo, as taxas futuras seguiram a tendência de queda do dólar e renovaram mínimas na segunda etapa do pregão desta quinta-feira, 7. Nos vértices intermediários e longos, a valorização do real, os leilões de títulos menores do Tesouro Nacional e dados que endossaram a fraqueza do mercado de trabalho norte-americano - e, portanto, que o Federal Reserve (Fed) pode cortar juros em setembro - ajudaram a aliviar os DIs.

Encerrados os negócios, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2026 caiu de 14,904% no ajuste de ontem para mínima intradia de 14,895%. O DI de janeiro de 2027 recuou de 14,143% no ajuste da véspera a 14,1%. O DI de janeiro de 2028 cedeu de 13,453% ontem no ajuste para 13,375%. O DI de janeiro de 2029 marcou 13,26%, de 13,364% no ajuste antecedente.

Na ponta mais longa da curva, o DI para janeiro de 2031 diminuiu de 13,592% no ajuste para 13,46%. O DI de janeiro de 2033 ficou em 13,59%, de 13,707% no ajuste de quinta. Após a divisa americana bater mínima de R$ 5,4496, às 15h37, as taxas de 2027, 2031 e 2035 chegaram a atingir seus menores patamares intraday.

"Hoje foi um dia sem grandes destaques no mercado de DIs e com efeitos pulverizados sobre as taxas", comentou Paulo Henrique Oliveira, estrategista de renda fixa da Daycoval Corretora. Oliveira não vê um gatilho específico para as reduções observadas em boa parte da curva, mas sim uma conjunção de fatores, sem que um deles tenha peso determinante.

A parte curta segue ancorada na expectativa de que a Selic ficará em 15% por período bastante prolongado, diz o estrategista, sem novidades em relação às últimas sessões. Durante participação no evento Porto Asset Day nesta tarde, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, reiterou que, diante do cenário externo ainda incerto devido à ofensiva tarifária dos EUA, a posição de menor risco para a autarquia é "ter juro restritivo com segurança". Ele repetiu a palavra "cautela" por três vezes.

David afirmou que o BC está convicto de que a economia brasileira cresceu acima do potencial e precisa voltar a um ritmo mais sustentável, e que a instituição não vai reagir a ruídos. Observou, ainda, que há desconforto unânime no Comitê de Política Monetária (Copom) com as medianas do Boletim Focus para a inflação em nível acima da meta. "As últimas comunicações do BC conseguiram ancorar bem as expectativas do mercado", nota Oliveira.

Já sobre as taxas intermediárias e longas da curva, o especialista do Daycoval destaca que o dólar acumula depreciação ante o real de mais de 10% no ano, o que é um canal de alívio à inflação e, consequentemente, aos juros. Embora cerca de 700 itens tenham ficado livres da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos ao Brasil, o efeito líquido do tarifaço deve ser desinflacionário, por aumentar a oferta de produtos no mercado doméstico, acrescenta.

Por fim, no exterior, os Treasuries operaram sem direção única, mas novos dados do mercado de trabalho americano endossaram a visão de que há perda de dinamismo no setor, o que deve levar o Fed a cortar os juros em setembro. O número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiu para 226 mil na semana encerrada em 2 de agosto. A previsão de analistas consultados pela FactSet era de 219 mil solicitações.

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