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BC ainda está "leve" na avaliação sobre inflação e Selic deveria subir em março, diz Credit Suisse

Publicado 18.02.2021, 16:00
Atualizado 18.02.2021, 16:05
© Reuters. Sede do Banco Central em Brasília

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - A inflação no Brasil ficará ainda mais alta que o esperado e bem acima do centro da meta neste ano, com as expectativas para 2022 já sob risco, e esse cenário pede uma ação mais efetiva do Banco Central, cuja avaliação atual sobre a alta dos preços ainda parece "leve", disse a economista-chefe do Credit Suisse Brasil (SIX:CSGN (SA:C1SU34), Solange Srour.

Segundo a economista, com o aumento dos custos se intensificando, o BC deveria começar um processo de normalização da política monetária no próximo mês e com uma elevação de 0,50 ponto percentual da taxa Selic. O juro chegaria ao fim do ano em 4,5% (ante os atuais 2%) e iria para 6% ao término de 2022.

O nível "extraordinariamente baixo" dos juros é um dos fatores por trás da volatilidade cambial, mas Srour ponderou que o vaivém no dólar não diminuirá caso um aperto monetário seja acompanhado de deterioração de perspectivas fiscais. Ela projeta que o dólar fechará o ano em 5,20 reais, ante os 5,44 reais desta quinta-feira.

"Esperamos que simplesmente mantenha-se a regra do teto de gastos. Não é nada extraordinário. O dólar baixaria mais em caso de aprovação de reformas que estruturalmente levam o país a crescer mais e a ter uma dívida mais sustentável... Mas evitar piorar já é um caminho", afirmou em entrevista à Reuters.

A economista chama atenção para o período até o fim da semana que vem, quando, em sua expectativa, poderá haver algum consenso sobre a PEC Emergencial, que estabelece gatilhos para conter as despesas públicas. Na tarde desta quinta, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que a chamada PEC Emergencial será pautada no plenário da Casa na próxima semana.

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Srour vê uma reedição do auxílio emergencial com custo máximo de cerca de 30 bilhões de reais. "Se passar disso, for a 50 bilhões (de reais), aí temos risco de ir mais alto... de alguém falar em 70 bilhões de reais... Isso ainda é um problema, pois é um gasto que terá de ser pago com dívida... e isso vai pressionar a curva de juros", afirmou, lembrando que já existe uma pressão vinda de fora para abertura de taxas de juros.

INFLAÇÃO

A profissional demonstrou preocupação mais visível com relação ao cenário inflacionário. Por ora, a projeção oficial do Credit Suisse é que o IPCA suba 4,2% neste ano, mas o viés é de alta. O centro da meta de inflação para este ano é de ​3,75%.

LEIA TAMBÉM: XP passa a ver inflação este ano acima do centro da meta

Segundo ela, o risco de inflação ascendente ganhou força com a decisão da Petrobras (SA:PETR4) de elevar os preços de combustíveis, em meio à percepção de que o dólar seguirá pressionado e aos ganhos das commodities.

ENTENDA: Segundo reajuste de preços da Petrobras em fevereiro deve bater no IPCA de março

"Fora isso ainda temos outro componente. A comunicação hoje (do BC) ainda não está muito dura no sentido de alta dos juros", disse. "O BC tem bastante credibilidade, mas se a comunicação não for enfática de que realmente a gente vai precisar controlar a situação e (se) ficar só na questão do (aumento de preço) temporário, isso vai acabar impactando mais a inflação... É hora de o BC agir."

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Para a economista, por ora a comunicação ainda parece "leve" em termos de tons de preocupação sobre o rumo dos preços. "A questão não é a comunicação, mas a avaliação do cenário inflacionário, do balanço de riscos, que para mim é muito mais desfavorável do que na avaliação do BC", disse.

A alta do IPCA se comunica com a preocupação fiscal via câmbio, que dificilmente voltará a ter grande suporte de taxas de retorno (o chamado "carry"), ainda que a Selic suba, disse a economista.

Isso ocorre num momento de "reflation trade" no exterior, do qual o Brasil pode não se beneficiar desta vez por causa do risco relacionado às contas públicas. Normalmente, períodos de "reflation trade" --que se refere a altas nas taxas de crescimento e de custos na sequência de forte contração econômica-- são positivos para setores cíclicos e ativos de maior risco, uma vez que se relacionam com normalização econômica e maior demanda por matérias-primas.

"Se a gente consegue sinalizar ao mercado uma despesa mais controlada nos próximos anos, mesmo gastando mais agora, com essa credibilidade as curvas de juros desinclinam, atraímos fluxo de capital relevante e vamos participar da 'festa' da liquidez", afirmou Srour.

Do contrário, em caso de aumento de gastos sem âncora fiscal, a economista acredita que o Brasil possa reviver algo parecido com o que aconteceu no fim do primeiro mandato da Dilma (Rousseff, ex-presidente), quando, de acordo com Srour, o cenário externo era "brilhante", o mundo crescia e o Brasil mostrava estagnação.

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"Tudo vai depender de como o Congresso e o governo vão conduzir a questão de aumentar gastos e manter a credibilidade. Vamos monitorar o desenrolar nos próximos dias."

Últimos comentários

Até quando vamos continuar fazendo o mesmo a décadas? sendo que no Brasil aumento de juros nunca segurou preço, enquanto não abrirmos a nossa economia de vez, seremos sempre prejudicados, e com mais inflação.
os 2 digitos do selic manda um abraço e disse que vai voltar com tudo
Atrelaram o petróleo ao dólar no tempo do Michel e esse governo vem mantendo. Toda vez que o dólar sobe o petróleo sobe!Enquanto o povo ganha o salário em Real e paga o litro da gasolina a preço de dólar.
*** Tudo para a Petrobras agradar os investidores *** Mesmo que o Brasil se torne auto sustentável com a exploração do pré sal, a DESCULPA sempre será a cotação do barril no mercado internacional.
Esse Credit Suisse quer é um jurinho la em cima pra ganhar uma grana facil aqui no Brasil! Bando de Corvos do Inferno!
Bolsonaro REPRESANDO os preços com o maquiador do IBGE ; )
Faz um bom tempo que estou preocupado com a volta da inflação. Literalmente os preços não disparam pq a turma tá quebrada, mas vai chegar a hora que o produtor terá de repassar os aumentos e o varejo idem, vide o caso da Petro. Espero que dê tudo certo, mas enxergo as coisas se complicando.
Paulo Guedes, por favor, CHAMA O MEIRELLES ; )
isso aqui é pra investir ou fazer manifestações políticas?
isso aqui é pra investir ou fazer manifestações políticas? não estão satisfeitos, vão pra outro país!!!!Um forte abraço!!!!
bom, nesse momento somente os torcedores do micto não perceberam essa diverfencia
E mesmo lula livre, deixa de ser chacota!
 Seu bandidinho de estimação é o Luladrão ou o Rei da Rachandinha? Não entendi direito.
Boa Análise excelente texto! Banco Central tem de agir mais rápido para estabilizar o Dólar e valorizar o Real.
O governo não está fazendo o controle cambial dolar ×real para agradar o agronegócio.A política de Guedes é essa e não vai mudar.
BC deveria subir logo a SELIC para 4,5% de uma vez só em março pra acabar com essa farra....
não concordo.
O estagiario esta nem.ai kkkk agora nao.sabe o que fazer, se preparem o.pavio ja esta ligado Gasolina sobre 10% amanha e diesel mais 12 kkkk agora lasko
💣
Credit Suisse não entende nada. Isso aqui é Brasil. O Rei da Rachadinha e sua equipe estão com tudo sob controle. A inflação de 30% é transitória e residual. O estagiário do BC já está em busca das causas. Arminha pra vcs.
na cara não hehe
O buraco é mais embaixo, tua analise casquinha de ovo é muito primária, superficial. Mas fique tranquilo que vc está alinhado com a maioria, afinal a maioria é sempre imbecil. Apaga isso e faz de conta que disse nada.
 Obrigado pelas orientacões Junior. Quando puder passa lá em casa para comer uma picanha com leite condensado e me explicar mais detalhadamente a sua teoria. Tenho certeza que vocë terá algo a dizer além deste mimimim.
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