Garanta 40% de desconto
⚠ Alerta de Balanço! Quais ações estão prontas para disparar?
Veja as ações no nosso radar ProPicks. Essas estratégias subiram 19,7% desde o início do ano.
Não perca a lista completa

China surpreende e corta taxas de empréstimo após decepção com dados econômicos

Publicado 15.08.2022, 07:33
Atualizado 15.08.2022, 07:35
© Reuters. Área empresarial central de Pequim
23/04/2018. REUTERS/Jason Lee

PEQUIM/XANGAI (Reuters) - O banco central chinês cortou as principais taxas de empréstimo em uma ação inesperada nesta segunda-feira para reavivar a demanda, já que dados mostraram que a economia desacelerou inesperadamente em julho, com as atividades industrial e varejista sofrendo com a política de Covid zero e uma crise imobiliária.

O conjunto fraco de números indica que a segunda maior economia do mundo está lutando para se livrar do impacto visto no segundo trimestre das restrições rigorosas contra a Covid, o que levou alguns economistas a rebaixar suas projeções.

A produção industrial cresceu 3,8% em julho em relação ao ano anterior, de acordo com a Agência Nacional de Estatísticas, abaixo da expansão de 3,9% em junho e de aumento de 4,6% esperado por analistas em uma pesquisa da Reuters.

As vendas no varejo, que só voltaram a crescer em junho, aumentaram 2,7% em relação ao ano anterior, contra expectativa de crescimento de 5,0% e alta de 3,1% observada em junho.

"Os dados de julho sugerem que a recuperação pós-lockdown perdeu força, pois o impulso pontual da reabertura diminuiu e os boicotes hipotecários desencadearam uma nova deterioração no setor imobiliário", disse Julian Evans-Pritchard, economista sênior da China na Capital Economics.

"O Banco do Povo da China já está respondendo a esses obstáculos intensificando o suporte... Mas com o crescimento do crédito se mostrando menos responsivo ao afrouxamento da política monetária do que no passado, isso provavelmente não será suficiente para evitar mais fraqueza econômica."

A economia da China escapou por pouco de uma contração no segundo trimestre, abalada pelo fechamento do centro comercial de Xangai, uma retração cada vez mais profunda no mercado imobiliário e gastos do consumidor cada vez mais fracos.

Os riscos ainda existem já que muitas cidades chinesas, incluindo centros manufatureiros e pontos turísticos populares, impuseram medidas de lockdown em julho após novos surtos da variante mais transmissível do coronavírus, a Ômicron.

O setor imobiliário, que sofreu ainda com um boicote hipotecário que pesou sobre o sentimento do comprador, deteriorou-se em julho. O investimento imobiliário caiu 12,3% no mês passado, a taxa mais rápida deste ano, enquanto a queda nas novas vendas se intensificou para 28,9%.

Nie Wen, economista do Hwabao Trust baseado em Xangai, reduziu sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto do terceiro trimestre em 1 ponto percentual, para 4%-4,5%, após os dados mais fracos do que o esperado

O ING também cortou sua estimativa para o crescimento do PIB da China em 2022 para 4%, de 4,4% anteriormente, e advertiu que é possível uma nova redução, dependendo da força das exportações.

ATO DE EQUILÍBRIO

Para apoiar o crescimento, o banco central cortou inesperadamente nesta segunda-feira as taxas de juros dos principais instrumentos de crédito pela segunda vez este ano. Analistas esperam que o corte provavelmente leve a uma redução correspondente nas taxas de empréstimo de referência na próxima semana.

O banco central informou redução de 10 pontos básicos na taxa do instrumento de empréstimo (MLF) de médio prazo de um ano a algumas instituições financeiras, a 2,75%.

Também cortou a taxa de recompra reversa de sete dias pela mesma margem, a 2,0%.

Muitos acreditam que o espaço para que o Banco do Povo da China flexibilize ainda mais a política monetária pode ser limitado pelas preocupações com as saídas de capital, conforme o Federal Reserve outras economias aumentam agressivamente as taxas de juros para combater a inflação.

© Reuters. Área empresarial central de Pequim
23/04/2018. REUTERS/Jason Lee

"Uma demanda de crédito muito lenta em julho, em função do crescimento fraco da atividade, uma deterioração adicional dos indicadores imobiliários e uma inflação ao consumidor menor do que o esperado podem ter contribuído para a mudança do banco central chinês", disseram analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS).

As autoridades chinesas estão tentando equilibrar a necessidade de sustentar a recuperação frágil e erradicar novos surtos de Covid-19. Como resultado, a economia não deve atingir sua meta oficial de crescimento este ano - fixada em cerca de 5,5% - pela primeira vez desde 2015.

(Reportagem de Kevin Yao, Stella Qiu, Ellen Zhang, Winni Zhou e redação Pequim)

Últimos comentários

Situação tá feia na China. Indústria recuando, varejo minguando, setor imobiliário parando, população com dificuldades para honrar compromissos... É provável uma séria crise financeira mundial no futuro próximo.
IBOV explode hj
Cuidado pois estes estimulos do Banco Central Chines não tem feito no Ibov subir
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.