Lucro do BB tomba 60% no 2º tri; banco reduz payout para 30%
Por Maria Martinez
BERLIM - Economistas na Alemanha afirmam que a falta de reformas estruturais do novo governo, especialmente para reduzir os custos com pensões, representa problemas de longo prazo para o país, ainda que um programa de fortes gastos vá impulsionar a economia no curto prazo.
A economia anêmica da Alemanha pode estar enfrentando um terceiro ano consecutivo de contração e a retomada do crescimento é uma das principais tarefas do governo do chanceler Friedrich Merz.
Economistas das universidades alemãs estão criticando os primeiros 100 dias de Merz no cargo. Uma pesquisa do instituto econômico Ifo mostrou nesta quarta-feira que 42% dos 170 professores deram às medidas de política econômica do novo governo uma avaliação negativa, enquanto apenas um quarto as avaliou como positivas.
"Uma reforma previdenciária é urgentemente necessária, mas as medidas tomadas pelo governo alemão estão indo completamente na direção errada", disse o pesquisador do Ifo Niklas Potrafke.
Os economistas entrevistados criticaram especialmente a expansão da "pensão das mães", um suplemento de pensão que dá crédito aos pais - principalmente às mães - pelo tempo gasto na criação dos filhos, bem como a falta de um aumento na idade de aposentadoria e pensão.
A política mais positiva, de acordo com os economistas, é o fortalecimento do investimento público, com um fundo especial no valor de 500 bilhões de euros para infraestrutura.
Eles também foram positivos em relação ao "estímulo ao investimento", que oferece melhores opções de depreciação para as empresas, bem como gastos adicionais com defesa e uma redução anunciada no imposto corporativo.
No curto prazo, metade dos entrevistados espera um impacto positivo das medidas do governo sobre a economia até o momento, enquanto apenas 12% preveem efeitos negativos.
Em contrapartida, os economistas são mais céticos em relação às perspectivas de crescimento no médio prazo: 34% estão razoavelmente positivos, enquanto 26% têm uma perspectiva negativa.
"Reformas estruturais orientadas para o mercado são necessárias para criar um crescimento econômico sustentável, mas não há nenhum sinal no momento de tais reformas", disse Potrafke.
(Reportagem de Maria Martinez)