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Grandes bancos começam semana do Copom vendo alta de até 1,50 p.p. da Selic

Publicado 25.10.2021, 08:17
Atualizado 25.10.2021, 11:10
© Reuters. Banco Central em Brasília
4/10/2021 
REUTERS/Adriano Machado

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) -A semana da decisão de política monetária do Banco Central brasileiro começa com mais instituições financeiras prevendo aceleração no ritmo de aumento dos juros, à medida que investidores veem desancoragem das perspectivas inflacionárias em meio à desvalorização cambial e ao cenário geral de incerteza.

A pesquisa Focus divulgada pelo Bacen nesta manhã mostrou que economistas e outros respondentes agora esperam alta de 1,25 ponto percentual da Selic tanto nesta semana quanto em dezembro, pela mediana das estimativas.

Mas a XP se juntou ao time que enxerga aperto monetário ainda mais agressivo, de 1,50 ponto percentual. Ao fim do ciclo, a casa estima que a Selic estará em 11% ao ano, ante taxa de 6,25% atualmente.

"Em nossa opinião, estamos observando uma mudança de regime na condução da política fiscal, e não 'apenas' uma piora na margem", afirmou em nota Caio Megale, economista-chefe da XP, que prevê outra alta de 1,50 ponto no encontro do Copom de dezembro.

"Apesar de não projetarmos convergência da inflação à meta no horizonte relevante, o aperto mais intenso da política monetária será importante para evitar uma desancoragem maior das expectativas", disse.

"Além disso, destacamos que a deterioração do quadro fiscal levará a aumento expressivo do juro neutro na economia brasileira (para além dos 3% estimados atualmente pelo Banco Central)."

Também na sexta, a equipe de pesquisa macro do BTG Pactual (SA:BPAC11) digital passou a enxergar alta de 1,50 ponto percentual dos juros nesta semana, com aumento de 1,25 ponto em dezembro.

"O que nos leva a acreditar que o Copom deve elevar a Selic em 1,5 p.p. na próxima reunião é a deterioração do quadro fiscal brasileiro a partir de gastos com benefícios sociais que não estavam no cenário base do Orçamento da União de 2022", disse o time em relatório.

"Esta nova perspectiva para as contas públicas nos faz acreditar que o quadro inflacionário tende a ser mais desafiador caso o Copom não tome direção 'hawkish' (mais dura na política monetária) nos próximo encontros", finalizou.

O Barclays (LON:BARC) também passou a ver elevação dos juros de 1,50 ponto percentual. Seria a maior alta da taxa desde 14 de outubro de 2002, quando o Bacen promoveu um choque de 3 pontos percentuais na taxa básica (de 18% para 21%) pouco mais de uma semana depois do primeiro turno das eleições daquele ano, que sagraram Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República.

O Barclays fala em "incerteza em espiral" para justificar a mudança de prognóstico. "Além disso (mais gasto para Auxílio Brasil e ruído sobre precatórios), uma possível extensão do auxílio emergencial que expira neste mês e crescentes pressões por subsídios aos combustíveis para caminhoneiros em meio a ameaças de greves nacionais podem aumentar o nervosismo do mercado", disse o banco em relatório.

O UBS BB (SA:BBAS3) também espera mais 1,50 ponto percentual de juros nesta semana e também em dezembro, com mais aperto contratado para o começo de 2022. Com isso, a taxa básica concluiria o ano que vem em 10,25% nominal, maior patamar desde julho de 2017 e 825 pontos-base acima da mínima histórica de 2% que vigorou entre agosto de 2020 e março de 2021.

Já o Bradesco (SA:BBDC4) enxerga aumento de 1,25 ponto percentual da Selic na quarta-feira, para 7,50% ao ano.

"O Banco Central vai se deparar com diversos desafios, vindos da piora do debate fiscal, do cenário externo mais desafiador e das pressões altistas sobre a inflação. Nesse cenário, o Copom deve alterar o ritmo de alta da Selic da próxima semana", disse em nota o departamento econômico do banco privado.

Na noite de sexta-feira, o Goldman Sachs (NYSE:GS) divulgou relatório no qual previu que o Bacen elevará os juros em "pelo menos" 1,25 ponto percentual, dados os recentes desenvolvimentos macrofinanceiros "muito significativos", levando a Selic a um patamar "modestamente acima do neutro".

"Além disso, avaliamos uma probabilidade de 33% de uma alta maior da Selic, de 150 pontos-base. A divulgação do IPCA-15 de outubro na véspera da decisão e condições de mercado no início da semana devem ter repercussão na magnitude da resposta de política monetária do Copom", disse Alberto Ramos, diretor de pesquisa econômica para a América Latina do banco.

© Reuters. Banco Central em Brasília
4/10/2021 
REUTERS/Adriano Machado

Ainda na quinta, o Morgan Stanley (NYSE:MS) elevou a 125 pontos-base o prognóstico de aperto monetário na próxima reunião do Copom. Para a instituição financeira, "125 pontos-base agora são os novos 100 pontos-base" --referindo-se à indicação do BC de não antecipar aumentos de forma agressiva.

A magnitude de aumento de 125 pontos-base para a próxima semana agora é prevista também pelo Credit Suisse (SIX:CSGN), que calcula ainda outra elevação de 125 pontos-base em dezembro e mais duas altas adicionais no começo de 2022 --a primeira de 100 pontos-base e a segunda de 75 pontos-base, levando a Selic a 10,5% ao fim do ano que vem.

A mudança de cenário pelo JPMorgan foi a primeira a fazer preço no mercado. O banco elevou na quinta-feira a 125 pontos-base sua projeção de adição da taxa Selic pelo Banco Central em cada uma das próximas duas reuniões do Copom, com o BC forçado a acelerar o ritmo de aperto monetário devido à deterioração do balanço de riscos para os preços.

Últimos comentários

Podem até aumentar a Selic para 10% neste ano porém se o EUA aumentar em breve o Tesouro de 10 anos vai dar zebra,pois mesmo assim os investidores vão querer investir nos EUA devido as brigas políticas aqui
Parabéns Bolso, sua irresponsabilidade na condução da política econômica levará o país a estagflação, ou seja, aumentos expressivos dos juros, inflação descontrolada, desemprego maior, crescimento pífio ou mesmo negativo, o dólar - nem se fala… Offhore nas virgens britânicas é a saída.
2 milhões de empregos criados em 2021 até agora. Parabéns Presidente Bolsonaro e Paulo Guedes!
Estou com enorme dificuldade de encontrar hospedagem no RJ para o Réveillon. Quase tudo lotado. Impressionante!
vá dormir na casa de seus amigos milicianos...
*** HERANÇA MALDITA *** Em 2018 a gasolina era R$ 4,30... inflação 3,75%... dólar R$ 3,80... Selic 6,5% *** Hoje a gasolina é R$ 7,30... inflação 7%... dólar R$ 5,70... e Selic 10,5% *** #BolsonaroSocialista tá çértú ; )
tinha que ser 10
fica em casa, a economia vemos depois.
fica em casa, a economia vemos depois.
Incrível que o mundo inteiro ficou em casa e só no Brasil o DÓLAR CARO e a INFLA-ação disparou ; )
Parabéns Bolso, sua irresponsabilidade na condução da política econômica levará o país a estagflação, ou seja, aumentos expressivos dos juros, inflação descontrolada, desemprego maior, crescimento pífio ou mesmo negativo, o dólar - nem se fala… Offhore nas virgens britânicas é a saída.
8% de inflação pro nosso histórico não é inflação. Taxa de juros de 7% (historicamente baixos, veja os gráficos), desemprego?? Bozo até agora criou 2 milhões de empregos que a Dlima criou (sem pandemia) , crescimento de PIB 4-6 (não foi sempre assim não). Dólar nas nuvens é o que de melhor pode acontecer com o país, aumenta a capacidade de competição de nossas indústrias. Offshore nas ilhas virgens é um excelente negócio, faça você também, é tão legal quanto investir na bolsa.
Melhor governo da história deste país.
Faz arminha que os juros vão cair kkk
Agora vão bagunçar tudo para poderem fazer um jogo de números que ninguém entenderá.
Segundo o mercado, a inflação que fez melhorar as contas do desgoverno, é a mesma que fez ele furar o teto de gastos.
Segundo o próprio mercado (Boletim Focus), divulgado hoje 25 de outubro de 2021, às 8:25, a dívida líquida do setor público caiu. Onde está a "crise fiscal"? 🤔
A dívida cai quando se tem juros baixos com alta da inflação.
Acho que é inédito. Quintuplicar a taxa de juros em 12 meses. Isso mostra como o desgoverno esta totalmente perdido. Ou esta realmente pensando somente na roubalheira das offshore dos políticos.
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