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Acertar a mão no arcabouço fiscal é mais relevante do que discutir meta de inflação, diz Haddad

Publicado 13.03.2023, 10:57
© Reuters

Por Luana Maria Benedito

(Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou nesta segunda-feira que, se o governo "acertar a mão" no novo arcabouço fiscal, o impacto sobre a economia será muito mais relevante do que discussões em torno da meta de inflação, que ele defendeu sejam feitas sem ruído.

Haddad reafirmou que deve apresentar o novo desenho de arcabouço fiscal esta semana para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e para o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, com quem pediu audiência para esta segunda-feira para tratar do tema.

"Depois disso o calendário fica com eles", afirmou o ministro em evento dos jornais O Globo e Valor Econômico.

Haddad disse que a inflação no Brasil está bem comportada e há espaço para corte de juros. Voltando a defender uma harmonização das políticas monetária e fiscal, o ministro afirmou que, se isso for feito, "conseguiremos navegar mares internacionais revoltos".

"Diria que tem uma gordura no Brasil que permite a nós, tomando as providências que estão sendo tomadas e que vêm sendo reconhecidas pelo Banco Central nas atas que ele divulga, eu penso que nós temos um espaço (para corte de juros) que o mundo não tem", disse Haddad.

Questionado sobre eventual mudança na meta de inflação, Haddad afirmou que o Brasil é um dos únicos países do mundo que trabalham com metas de inflação para o ano fechado, e que o mais comum é se perseguir um alvo em um horizonte que sente o impacto da política monetária, mas que não são os 12 meses à frente.

Ele ponderou, contudo, que o tema da meta deve ser discutido "sem ruído".

"Se nós acertarmos a mão no arcabouço, isso tem um impacto infinitamente mais importante", afirmou, ressaltando que, com ajustes pontuais, o Brasil tem um potencial de crescimento acima da meta mundial.

REFORMA TRIBUTÁRIA

Haddad afirmou que o governo trabalha com a perspectiva de votação da reforma tributária na Câmara dos Deputados em junho ou julho, com aprovação no Senado até outubro.

"O choque de eficiência que ela vai dar na economia brasileira não é possível estimar nesse momento de tão grande que será. Fala-se entre 10% e 20% de choque do Produto Interno Bruto, mas eu penso que nós vamos facilitar muito a vida dos investidores, dos trabalhadores e do poder público com essa perspectiva", afirmou.

© Reuters. Ministro da Fazenda, Fernando Haddad
28/02/2023
REUTERS/Adriano Machado

A ideia defendida pelo governo, e já em discussão no Congresso, é substituir tributos sobre o consumo federais, estaduais e municipais por um IVA (imposto sobre valor agregado), com cobrança no destino e eliminando a cumulatividade da cobrança ao longo da cadeia. Também é proposta a criação de um imposto seletivo para produtos como fumo e bebidas alcoólicas.

Haddad afirmou que a reforma que está sendo desenhada dará fim a um enorme conflito distributivo no país e que ela é importante principalmente para quem tem preocupação com a responsabilidade fiscal.

Ele disse que não se pretende aumentar o imposto sobre o consumo porque no Brasil ele já é muito alto, e que a reforma tributária será neutra. Também reafirmou que não está no horizonte do governo mexer nas regras do Simples ou discutir a volta da CPMF.

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