Importações de soja pela China atingem recorde em junho com fortes embarques do Brasil

Publicado 14.07.2025, 08:17
Atualizado 14.07.2025, 08:21
© Reuters. Colheita de soja no Rio Grande do Suln03/04/2024nREUTERS/Diego Vara

Por Ella Cao e Lewis Jackson

PEQUIM (Reuters) - As importações de soja pela China atingiram recorde para o mês de junho, segundo cálculo da Reuters com base em dados alfandegários divulgados nesta segunda-feira, impulsionadas por um aumento nos embarques do Brasil, principal fornecedor da oleaginosa.

A China, maior compradora de soja do mundo, importou 12,26 milhões de toneladas do grão em junho, um aumento de 10,35% em relação às 11,11 milhões de toneladas registradas um ano antes.

"O aumento das importações em junho foi alimentado por uma forte safra brasileira e pelo aumento da compra de grãos brasileiros em meio às contínuas tensões comerciais entre China e EUA", disse Wan Chengzhi, analista da Capital Jingdu Futures.

De acordo com o provedor de dados de embarque Kpler, a China importou 9,73 milhões de toneladas de soja do Brasil em junho, enquanto os embarques dos EUA totalizaram apenas 724.000 toneladas. Os dados oficiais de origem devem ser divulgados em 20 de julho.

Wang Wenshen, analista da Sublime China Information, sediada em Shandong, disse que os fortes lucros obtidos com os altos preços spot anteriores do farelo de soja também incentivaram mais compras.

No primeiro semestre do ano, a China importou um total de 49,37 milhões de toneladas de soja, um aumento de 1,8% em relação ao ano anterior, segundo dados da Administração Geral de Alfândega.

As chegadas de soja na China em julho devem totalizar 10,48 milhões de toneladas, em comparação com 9,85 milhões de toneladas no ano anterior, com base na média das estimativas de um trader e dois analistas.

"Dados recentes mostram que os embarques semanais do Brasil continuam altos, reforçando as expectativas de fortes importações de soja pela China em julho e agosto", disse Wan.

"A China ainda não comprou nenhuma soja norte-americana para o quarto trimestre, e as decisões de compra provavelmente dependerão do resultado das futuras negociações comerciais entre a China e os EUA."

(Reportagem de Ella Cao e Lewis Jackson)

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