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IPCA acelera para 0,4% em maio, mas inflação no ano é a menor do Real

Publicado 08.06.2018, 10:36
© Reuters.  IPCA acelera para 0,4% em maio, mas inflação no ano é a menor do Real; alta em 12 meses é de 2,86%
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Arena do Pavini - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês de maio subiu 0,40% e ficou 0,18 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,22% registrada em abril e maior que os 0,25% esperados pela mediana do mercado. Em maio de 2017, a taxa atingiu 0,31%.

O acumulado no ano, de 1,33%, foi o menor para um mês de maio desde a implantação do Plano Real, em 1994, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O acumulado nos últimos 12 meses subiu para 2,86%, enquanto havia registrado 2,76% nos 12 meses imediatamente anteriores. O acumulado mostra que há bastante espaço para o Banco Central (BC) manter os juros, considerando que a meta de inflação é de 4,5% com piso de 3%. A expectativa agora é com o impacto da greve dos caminhoneiros e da alta do dólar sobre o IPCA.

Gastos com empregada e três capitais entram no índice

O IPCA de maio é o primeiro a incorporar em seu cálculo a nova metodologia de apropriação das variações dos itens mão de obra para pequenos reparos e empregado doméstico, além das três novas áreas: Rio Branco/AC, São Luís/MA e Aracaju/SE.

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados no IPCA, apenas Artigos de Residência (-0,06%) apresentou deflação em maio. Os demais subiram entre o 0,06% de Educação e o 0,83% de Habitação.

Energia elétrica puxa inflação

O grupo Habitação apresentou a maior variação dentre os grupos de produtos e serviços pesquisados (0,83%) e deu a maior contribuição (0,13 p.p.) para o IPCA. O destaque foi a energia elétrica que, após a alta de 0,99% registrada em abril, subiu 3,53% em maio, correspondendo a 0,12 p.p. no índice do mês. Desde 1º de maio vigora a bandeira tarifária amarela, adicionando a cobrança de R$0,01 a cada kwh consumido.

IPCA – VARIAÇÃO E IMPACTO POR GRUPOS – MENSAL

GRUPO

VARIAÇÃO (%)

IMPACTO (P.P.)

ABRIL MAIO ABRIL MAIO
Índice Geral 0,22 0,40 0,22 0,40
Alimentação e Bebidas 0,09 0,32 0,02 0,08
Habitação 0,17 0,83 0,03 0,13
Artigos de Residência 0,22 -0,06 0,01 0,00
Vestuário 0,62 0,58 0,04 0,03
Transportes 0,00 0,40 0,00 0,07
Saúde e Cuidados Pessoais 0,91 0,57 0,11 0,07
Despesas Pessoais 0,12 0,11 0,01 0,01
Educação 0,08 0,06 0,00 0,00
Comunicação -0,07 0,16 0,00 0,01

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Tarifas públicas em alta

Ainda no grupo Habitação, o item gás encanado subiu 0,91% devido ao reajuste de 1,87% nas tarifas no Rio de Janeiro (1,70%) a partir de 1º de maio. Destaca-se também a taxa de água e esgoto (0,27%), devido aos reajustes de 2,78% nas tarifas no Recife (1,79%) desde 12 de maio e de 5,12% em Curitiba (2,06%), em vigor a partir de 17 de maio.

Gasto com reparos e domésticos entram na inflação

No grupo Habitação, o item mão de obra para pequenos reparos (-0,10%) passou a incorporar a variação apurada a partir das informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), assim como o item empregado doméstico (0,43%), do grupo Despesas pessoais (0,11%). Essas mudanças metodológicas foram divulgadas pelo IBGE em 12 de março, por meio das notas técnicas 02 e 03/2018.

Alimentação tem alta com cebola, batata e hortaliças

O grupo Alimentação e bebidas apresentou alta de 0,32% em maio com as áreas variando entre o -0,33% da região metropolitana de Fortaleza e o 0,81% de Campo Grande. Tanto os alimentos para consumo no domicílio (0,36%) quanto a alimentação fora (0,26%) apresentaram aceleração de preços em maio.

Na alimentação no domicílio, no lado das altas, os destaques ficam com a cebola (de 19,55% em abril para 32,36% em maio), a batata-inglesa (de -4,31% em abril para 17,51% em maio), as hortaliças (de 6,46% em abril para 4,15% em maio) e o leite longa vida (de 4,94% em abril para 2,65% em maio). No lado das quedas sobressaem o açúcar cristal (-3,32%), o café moído (-2,28%), as frutas (-2,08%) e as carnes (-0,38%).

Transportes tem alta com gasolina e passagens aéreas; etanol cai

Os maiores impactos individuais no índice de maio vieram do grupo dos Transportes (0,40%). De um lado, a gasolina com 3,34% de variação e 0,15 p.p. de impacto e, do outro, as passagens aéreas (-14,71% e -0,05 p.p.). Ainda nesta balança o óleo diesel apesentou alta de 6,16% e 0,01 p.p. de impacto, ante a alta de 1,84% de abril. Já o etanol que em abril registrou queda de 2,73% permaneceu na mesma trajetória com os preços, em média, 2,80% mais baratos e com -0,03 p.p. de impacto.

Planos de saúde tem alta de 1,06%

Nos demais grupos de produtos e serviços destaca-se, no Saúde e cuidados pessoais (0,57%), o plano de saúde (1,06%). Já nos Artigos de residência (-0,06%), o destaque foi o item Tv, som e informática (-1,55%).

Mais três capitais entram no IPCA

Até abril de 2018, o Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC) abrangia as Regiões Metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além de Brasília e dos municípios de Goiânia e Campo Grande. A partir de maio deste ano, conforme nota técnica 01/2018, o SNIPC passou a incorporar os municípios de Rio Branco/AC, São Luís/MA e Aracaju/SE.

Energia elétrica puxa inflação em Salvador

O maior índice ficou com a região metropolitana de Salvador (1,11%) em virtude da variação de 18,45% na energia elétrica, decorrente do reajuste de 16,95% nas tarifas, em vigor desde 22 de abril, aliado a aumento na alíquota de PIS/COFINS. O menor índice foi em Brasília (0,15%), motivado pela queda de 13,91% nas passagens aéreas.

Por Arena do Pavini

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