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Alimentos pesam e alta do IPCA-15 acelera em novembro, mas taxa em 12 meses perde força

Publicado 28.11.2023, 09:06
© Reuters. Supermercado em São Paulo
11/01/2017. REUTERS/Paulo Whitaker

Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) -Os preços de alimentos pesaram e o IPCA-15 acelerou a alta em novembro, mas ainda assim a taxa em 12 meses foi abaixo de 5%, num momento de redução da taxa básica de juros pelo Banco Central.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) passou a subir 0,33% em novembro depois de alta de 0,21% em outubro, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A leitura mensal do indicador considerado prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA, ficou ligeiramente acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,30%.

Apesar da aceleração mensal, o IPCA-15 passou a acumular nos 12 meses até novembro avanço de 4,84%, contra 5,05% no mês anterior e projeção de analistas de 4,80%.

Esse resultado deixa o índice perto do teto da meta para a inflação este ano, cujo centro é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

A percepção em geral é de que a inflação no Brasil está controlada, corroborando o ciclo do corte de juros adotado pelo Banco Central.

"Em termos de política monetária, o resultado de hoje pode ser considerado positivo se analisado sob a perspectiva da busca pela retomada da estabilidade de preços, objetivo atual do Banco Central", destacou Carla Argenta, economista da CM Capital.

A autoridade monetária já reduziu a taxa básica Selic em 1,5 ponto percentual, levando-a ao patamar atual de 12,25% ao ano, com expectativa de novo corte de 0,5 ponto percentual na última reunião do ano, em 12 e 13 de dezembro.

"As medidas subjacentes e de núcleo permanecem corroborando essa dinâmica positiva da inflação no país. Não altera, portanto, as nossas perspectivas para a condução da política monetária, que é de manutenção do ritmo de cortes de juros de 50 pontos base nas próximas reuniões", avaliou João Savignon, head de pesquisa macroeconÕmica da Kínitro Capital.

O IBGE apontou que em novembro a maior variação e o maior impacto vieram do grupo de Alimentação e bebidas, que tem forte peso no bolso do consumidor, com alta de 0,82%.

A alimentação no domicílio subiu 1,06% em novembro, após cinco quedas consecutivas, diante do aumento dos preços de cebola (30,61%), batata-inglesa (14,01%), arroz (2,60%), frutas (2,53%) e carnes (1,42%).

Também se destacaram os avanços dos preços dos grupos Despesas pessoais, de 0,52%, e de Transportes, de 0,18%.

Enquanto as despesas pessoais foram pressionadas pelas altas de 2,04% do pacote turístico, de 1,27% da hospedagem e de 0,63% do serviço bancário, o resultado de transporte foi impactado pelo aumento de 19,03% da passagem aérea -- maior impacto individual no índice do mês.

© Reuters. Supermercado em São Paulo
11/01/2017. REUTERS/Paulo Whitaker

Por outro lado, os custos dos combustíveis caíram 2,11%, com quedas no etanol (-2,49%), na gasolina (-2,25%) e no gás veicular (-0,57%). O óleo diesel subiu 1,12%.

A pesquisa Focus divulgada na segunda-feira pelo Banco Central junto ao mercado mostra que a expectativa é de que o IPCA encerre este ano com alta acumulada de 4,53%, indo a 3,91% em 2024.

(Edição de Luana Maria Benedito)

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