Itaú reduz projeção para Selic em 2025 e passa a ver manutenção dos juros pelo resto do ano

Publicado 16.05.2025, 10:07
Atualizado 16.05.2025, 10:10
© Reuters. Logo do Itaú em unidade do banco, em São Paulon06/02/2025nREUTERS/Tuane Fernandes

SÃO PAULO (Reuters) - O Itaú (BVMF:ITUB4) revisou sua perspectiva para a política monetária brasileira e passou a ver a manutenção da Selic no atual patamar de 14,75% até o fim de 2025, reduzindo sua perspectiva anterior de que a taxa básica de juros encerraria o ano em 15,25%.

Em relatório divulgado nesta sexta-feira, o Itaú citou que, em comunicação recente, o Banco Central parece ter ganhado confiança de que a política monetária está em patamar significativamente contracionista e que a atividade está desacelerando.

"Soma-se a isso a aparente escolha pela estratégia de manutenção de juros elevados por tempo prolongado", apontou o relatório assinado pelo economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita.

"A avaliação das autoridades sobre os possíveis efeitos da mudança no ambiente externo (ao adotar a perspectiva de que o balanço de riscos em torno do cenário central é simétrico) estabeleceu, em nossa visão, uma barra relativamente alta para um novo ajuste da Selic em junho", completou.

O Itaú disse ainda que não vê espaço para cortes de juros neste ano, diante das expectativas desancoradas e da atividade ainda resiliente, prevendo reduções apenas em 2026 que levariam a Selic a 12,75% ao fim do próximo ano, ante a projeção anterior de 13,25%.

Em relação à inflação, foram mantidas as projeções de alta do IPCA de 5,5% em 2025 e de 4,4% em 2026, citando um balanço de riscos simétrico neste ano.

"A possível diminuição do fluxo comercial entre China e Estados Unidos e menores preços de commodities metálicas pode se traduzir numa inflação de industriais mais benigna, mas a redução no volume de chuvas aumenta a probabilidade de acionamento de bandeiras tarifárias no final do ano", explicou.

Também foi mantida a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 em 2,2% e de 2026 em 1,5%

"A desaceleração da atividade deve ficar mais clara apenas no segundo semestre do ano, depois de uma boa performance no início do ano puxada pelo setor agropecuário e consumo sustentado por renda elevada", disse o Itaú.

 

(Por Camila Moreira)

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