BRUXELAS (Reuters) - Uma forte queda no preço de combustíveis e óleo para aquecimento pressionou os preços aos consumidores na zona do euro como esperado em fevereiro, mas o núcleo da inflação, que exclui o volátil componente de energia, avançou, de acordo com dados da Eurostat divulgados nesta terça-feira.
A Eurostat informou que os preços aos consumidores nos 19 países que compartilham o euro subiram 0,6 por cento na comparação mensal, recuando 0,3 por cento na base anual, menos do que o recuo de 0,6 por cento anual em janeiro.
Os dados confirmam a projeção anterior da Eurostat e estão em linha com as estimativas de economistas.
Os preços de energia subiram 1,6 por cento no mês, mas recuaram 7,9 por cento na base anual em fevereiro. Combustíveis mais baratos para transporte subtraíram 0,64 ponto percentual do resultado geral e óleo de aquecimento mais barato tirou outro 0,19 ponto.
Os preços de alimentos não processados, outro componente volátil do índice de preços ao consumidor, subiram 0,8 por cento no mês, avançando 0,4 por cento na comparação anual, a primeira alta anual desde o avanço de 0,2 por cento em novembro.
Sem os preços de energia e alimentos não processados --medida que o Banco Central Europeu chama de núcleo da inflação-- os preços subiram 0,5 por cento na comparação mensal e 0,7 por cento na base anual, acelerando ante taxa de 0,6 por cento na base anual em janeiro.
O BCE quer manter a inflação abaixo mas perto de 2 por cento em termos anuais no médio prazo e começou a comprar títulos governamentais neste mês para injetar dinheiro na economia e fazer os preços subirem a um ritmo mais rápido.
(Reportagem de Jan Strupczewski)