NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros de açúcar bruto na ICE caíram após máximas de sete meses nesta sexta-feira, enquanto o arábica caiu de máximas de 13 anos, embora ambos ainda tenham registrado ganhos semanais em meio a preocupações persistentes com a seca no maior produtor, o Brasil.
AÇÚCAR
* O contrato outubro do açúcar bruto fechou em queda de 0,52 centavo, ou 2,2%, a 22,79 centavos por libra. Ganhou 0,6% na semana, após o aumento de 19% na semana passada.
* Os negociantes disseram que os produtores estavam aproveitando o recente aumento de preços para vender, acrescentando que havia indícios de que a Índia poderia produzir açúcar suficiente para exportar cerca de 2 milhões de toneladas na próxima temporada.
* No geral, porém, o açúcar continua em tendência de alta. O Brasil produzirá 2 milhões de toneladas a menos de açúcar na temporada 2024/25 - ou 39 milhões no total - devido à seca severa e incêndios florestais relacionados, disse a BMI.
* A corretora StoneX disse que o Brasil produzirá 2,5% mais açúcar ou 40,6 milhões de toneladas no total na próxima temporada, mas atribuiu o aumento à maior alocação de cana para açúcar em vez de etanol. Ela espera que a moagem de cana, por outro lado, caia 3,2% devido ao clima adverso.
* O dezembro do açúcar branco caiu 3% a 576,20 dólares a tonelada.
CAFÉ
* O contrato dezembro do café arábica caiu 4,75 centavos, ou 1,7%, a 2,6915 dólares por lb. O contrato ganhou 7,3% na semana.
* Meteorologistas disseram que o clima no Brasil permanecerá seco nos próximos 6 a 10 dias nas principais áreas de café, o que estressará ainda mais as árvores.
* O novembro do café robusta caiu 0,8% a 5.482 dólares a tonelada. Subiu 2% na semana.
(Reportagem de Nigel Hunt e Marcelo Teixeira)