Money Times - O mercado brasileiro está cada vez mais de olho no ambiente político e, pensando nisso, os 25 analistas consultados pelo Money Times já têm mudado as suas recomendações. A seguir, confira as mais indicadas no maior levantamento realizado no país:
Blue Chip
Apesar de todo o tumulto causado pela greve dos caminhoneiros, mudança na liderança, e ingerência do governo, a Petrobras lidera o ranking das ações mais indicadas pelos analistas de investimentos. Um levantamento feito pelo Money Times com 25 analistas, o maior do País, revela que a estatal é lembrada por 13 deles.
“A empresa continua em fase de recuperação mesmo depois da saída de seu presidente, o petróleo no cenário internacional tende a se consolidar no patamar de 70 dólares o que pode contribuir para o rompimento da resistência conforme gráfico ao lado”, destaca a casa de análise Foleo, uma das que indica os papéis da estatal.
Colado na Petrobras, com 12 indicações, a Vale fica isolada na segunda posição. Segundo a Spinelli, a empresa se encontra em posição bastante confortável em termos de geração de caixa, que deve possibilitar uma forte redução do seu endividamento bancário e abrir espaço para ampliação dos dividendos.
Foram colhidas 311 recomendações feitas para 80 empresas diferentes dos seguintes bancos, corretoras e analistas: Santander, Genial, BB Investimentos, Lerosa, BTG Pactual, XP, Guide, Elite, Benndorf, Coinvalores, Magliano, Spinelli, Ativa, Terra, Walpires, Safra, Planner, Bradesco, Mirae, Socopa, Itaú, Rico, Nova Futura e Credit Suisse.
Veja as mais indicadas:
Petrobras (SA:PETR4) – 13
Vale (SA:VALE3) – 12
B3 (SA:B3SA3) – 10
Itaú Unibanco (SA:ITUB4) – 10
Suzano (SA:SUZB3) – 10
Gerdau (SA:GGBR4) – 9
Rumo (SA:RAIL3) – 7
Pão de Açúcar (SA:PCAR4) – 7
Banco do Brasil (SA:BBAS3) – 7
IRB (SA:IRBR3) – 6
Small Cap
A small cap mais desejada pelos analistas do mercado é a empresa de saneamento de Minas Gerais, Copasa. A distribuidora recebeu quatro indicações em nove avaliadas pelo Money Times em carteiras recomendadas com o foco em empresas de menor porte. Além de figurar neste levantamento, a companhia também é lembrada pelo seu potencial de pagamento aos acionistas.
Este é um dos motivos que levou o Bradesco a afirmar que a Copasa pode se tornar uma das maiores pagadoras de dividendos da B3. Segundo a análise, um esperado anúncio de refinanciamento de aproximadamente R$ 700 milhões em dívidas pode ser o gatilho para o pagamento de dividendos substanciais no segundo semestre de 2018.
As estimativas apontam para um dividend yield de 19%. “Sustentável? Sim, assumindo uma meta de 2 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda e gastos com investimentos bem acima do guidance, estimamos dividend yield na casa dos 19-20% em 2019-20”, destaca o Bradesco em seu relatório.
Para o levantamento, a reportagem analisou os portfólios publicados por Genial, Coinvalores, Elite, Bradesco, Mirae, Santander, Itaú, Spinelli e BTG. Veja as outras que receberam mais indicações pelas equipes de análise:
Copasa (SA:CSMG3) – 4
ABC Brasil (SA:ABCB4) – 3
Iochpe-Maxion (SA:MYPK3) – 3
Marcopolo (SA:POMO4) – 3
SLC Agrícola (SA:SLCE3) – 3
Tenda (SA:TEND3) – 3
Dividendos
A Taesa (SA:TAEE11) é o papel mais indicado pelo mercado para o mês de agosto, mostra um levantamento realizado pelo Money Times com 13 carteiras recomendadas. A empresa de transmissão foi lembrada 7 vezes pelos analistas, superando Vivo (SA:VIVT4), Itaúsa (SA:ITSA4), IRB (SA:IRBR3) e Banrisul (SA:BRSR6) com 5 sugestões cada.
Segundo o Santander, as transmissoras de energia elétrica, como o caso da Tesa, mostram-se a aposta mais defensiva no universo das elétricas perante o atual cenário hídrico brasileiro. Por atuar no segmento de transmissão, não depende do nível dos reservatórios, e sim da disponibilidade de suas linhas, o que a permite ter um modelo de negócio mais defensivo e seguro.
“Além disso, sua receita é indexada pela inflação em contratos de longo prazo, o que torna o fluxo de caixa previsível, assim como sua potencial distribuição de dividendos (dividend yield esperado de 10,4% para 2018)”, destaca o banco. A XP destaca que a empresa se encaixa na carteira por ter uma geração de caixa previsível, baseado em um negócio de receitas fixas indexadas à inflação e margem Ebitda de mais de 80%.
As carteiras consultadas foram: Genial, XP, Guide, Elite, Coinvalores, Magliano, Bradesco, Mirae, Santander (SA:SANB11), Rico, Itaú, Spinelli e Ativa.
Por Money Times